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21/01/2021 às 09:42 | Atualizada: 21/01/2021 às 13:34

Movimento de pais pede aulas híbridas a partir do dia 1º; confira medidas propostas

Da Redação - Camilla Zeni / Da Reportagem Local - Gabriella Arantes

Impedidos de participar de uma reunião com o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), para definir sobre o retorno das aulas no município, representantes do movimento Escolas Abertas Cuiabá protocolaram na manhã desta quinta-feira (21) um requerimento para que as aulas aconteçam de forma híbrida, a partir do dia 1º de fevereiro. 

A empresária Cristiane Souza Santos, que participa do movimento, destacou que Emanuel já se reuniu com representantes do movimento na terça-feira (19) e não se posicionou de forma a garantir o retorno das aulas como os pais gostariam. 

Conforme a empresária, os representantes do movimento estão desacreditados do prefeito, que tem adiado a decisão em relação às aulas a cada semana. 

"Nós estamos finalizando o mês de janeiro e não houve uma manifestação da Prefeitura sobre o retorno das aulas. Ele disse que haveria uma reunião hoje com o sindicato das escolas, mas não nos permitiu participar, motivo pelo qual protocolamos as nossas reivindicações nesta manhã", explicou a empresária.

Cristiane também ponderou os efeitos do afastamento escolar das crianças, que estão há 11 meses longe das salas de aula.

"Nós estamos preocupados com o emocional dos nossos filhos. Os estudos apontam crianças com ansiedade, crianças comendo excessivamente, o que são sintomas da ausência das salas de aula. Se bares e restaurantes, casas noturnas, podem acontecer em Cuiabá, por que nossos filhos não podem voltar para as salas de aula?", disse indignada.

Outra situação preocupante para os pais é quanto a companhia dos filhos, caso as crianças continuem impedidas de retornarem às aulas. A advogada Ana Cláudia Fogolin foi uma das que tiveram que se reorganizar durante as mudanças provocadas pela pandemia da covid-19. Segundo ela, por conta da adesão às aulas online na escola da filha, ela precisou mover o escritório para dentro de casa. 

O requerimento

No documento, os organizadores ponderam que é "ínfima a disseminação do vírus pelas crianças e os leves ou sequer manifestados sintomas", e que em diversos países as aulas já foram retomadas presencialmente. 

Os organizadores ainda citam que as crianças já estão há 11 meses sem frequentar as escolas, e que relatórios da Unesco e da ONG "Save the Children" apontam preocupação com aspectos emocionais dos alunos. Pesquisa da ONG aponta, por exemplo, que uma em cada quatro crianças desenvolveu ansiedade por causa do afastamento escolar. 

"Por todas as robustas evidências acerca da baixíssima transmissibilidade do vírus pelas crianças, e, quando o contraem, sua reduzida carga viral, já não mais estamos em fase de questionamento sobre voltar ou não às aulas, mas sim quando deve se dar esse retorno. E todas as autoridades científicas e médicas, nacionais e internacionais, são uníssonas em ressaltar: o quanto antes", diz trecho do documento.

O movimento afirma ainda que as unidades educacionais são ambientes controlados, "com pleno controle sobre a frequência de seus alunos e capacidade para averiguar, junto a cada família, os locais frequentados, destinos de viagens, eventuais membros familiares com algum sintoma ou comorbidade que os coloquem em grupo de risco". 

O retorno

Conforme o requerimento, com o retorno das aulas a partir do dia 1º, as escolas podem adotar protocolos de segurança como:
Uma decisão sobre as aulas foi prometida prefeito Emanuel Pinheiro para esta quinta-feira.
 
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