21/01/2021 às 16:36 | Atualizada: 21/01/2021 às 16:40
Recursos da Grampolândia no TJ passam a ser relatados por Luiz Ferreira
Eduarda Fernandes
O desembargador Luiz Ferreira da Silva, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), é o novo relator dos recursos que questionam a sentença proferida no caso das escutas ilegais, que ficou conhecido como “Grampolândia Pantaneira”.
A alteração foi definida em um recurso de apelação proposto pelo coronel Zaqueu Barbosa, pelo hoje sargento Gerson Luiz Ferreira Correa Junior e pelo Ministério Público do Estado de Mato Grosso, e ficou sob relatoria do desembargador Gilberto Giraldelli. Zaqueu foi condenado a 8 anos de prisão em regime aberto. Gerson foi absolvido.
Em despacho proferido nessa quarta-feira (20), Giraldelli explicou que apesar da apelação ter sido distribuída por sorteio a ele, recursos anteriores já haviam sido destinados a Luiz Ferreira.
“Por conseguinte, com o retorno do Exmo. Des. Luiz Ferreira da Silva às atividades jurisdicionais após cessadas suas atribuições como Corregedor-Geral de Justiça, tem-se que o presente feito deve ser redistribuído seguindo o critério da prevenção, nos termos do art. 80, §1º, do Regimento Interno do Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso”, disse Giraldelli.
Conhecido como “Grampolândia Pantaneira”, o esquema ilegal de espionagem foi operado pelo núcleo de inteligência da Polícia Militar de Mato Grosso, entre 2014 e 2015. Cerca de 80 números de telefone foram grampeados.
O caso veio à tona em 14 de maio de 2017, quando o promotor de Justiça e ex-secretário de Segurança Mauro Zaque confirmou em entrevista ao Fantástico que o então governador Pedro Taques tinha ciência desde 2015 do esquema de arapongagem existente na sua equipe para espionar adversários.
O esquema teria sido promovido para obter informações privilegiadas de políticos, jornalista, servidores e médicos em período de campanha.
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