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23/02/2021 às 10:10 | Atualizada: 23/02/2021 às 10:27

Vídeo | Lúdio critica reorganização da Mesa Diretora e defende permanência de Barranco

Camilla Zeni

O deputado estadual Lúdio Cabral (PT) deve se posicionar contrário à chapa que disputa a Mesa Diretora da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), caso o deputado Valdir Barranco (PT) deixe de compor com os colegas.

O parlamentar criticou a falta de alternância de poderes que ocorre na Assembleia, como havia feito em junho passado, na votação que elegeu a atual Mesa Diretora da ALMT. 

"O formato de mesa que vocês têm noticiado reproduz o mesmo erro da montagem da chapa anterior. Que é uma troca de cadeiras, uma alternância de cargos mas não há uma alternância de poder interno. Botelho vir para a Primeira Secretaria e Max vir para a Presidência não muda em nada a lógica do poder dentro da Assembleia", avaliou o parlamentar, nesta terça-feira (23).

Lúdio também pontuou que a inclusão do líder do governo, deputado Dilmar Dal Bosco (DEM), na Mesa Diretora, torna a gestão "ultra governista", uma vez que o deputado já faz parte da Comissão de Constituição, Justiça e Redação.

Outro ponto criticado pelo parlamentar em relação à nova Mesa Diretora foi a exclusão do colega petista, deputado Valdir Barranco, da composição.

Na atual diretoria, Barranco ocupa a Segunda Secretaria. No entanto, está internado em uma UTI hospitalar desde o dia 16 de fevereiro, em decorrência da covid-19 e, por isso, não participa das discussões para composição da nova mesa. 

Segundo o deputado Dilmar Dal Bosco, os parlamentares consultaram a Procuradoria Geral da ALMT para ver a possibilidade de Barranco compor a chapa, mesmo estando internado. No entanto, não seria possível uma vez que ele precisaria assinar a ata para ser inscrita na disputa, marcada para às 19 horas de hoje.

Conforme Lúdio, porém, o regimento interno não veta a participação do colega.

"Acho uma sacanagem o Barranco não estar na Mesa, porque ele sempre foi muito leal aos colegas que estão na Mesa. Não há impedimento legal. O Barranco não está licenciado. Ele está hospitalizado, está sedado. Ele não pode votar, mas pode ser votado. A minha defesa é que ele permaneça ou na Segunda Secretaria ou vá para a Primeira Vice-Presidência", defendeu o parlamentar.

A eleição da nova Mesa Diretora foi determinada nessa segunda-feira (22) pelo Supremo Tribunal Federal. Em sua decisão liminar, o ministro Alexandre de Moraes apontou que a recondução dos membros da Mesa Diretora para o mesmo cargo, em mandatos subsequentes, é vedada pela Constituição Federal. Essa irregularidade era o caso do então presidente Eduardo Botelho (DEM), Max Russi (PSB) e Janaína Riva (MDB).


 
 
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