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23/02/2021 às 16:42 | Atualizada: 23/02/2021 às 16:58

Leonardo votou a favor de prisão de Daniel após ver incitação à morte de ministro em vídeo

Camilla Zeni

Um dos mato-grossenses que havia se posicionado contra a prisão do deputado federal Daniel Silveira, o também deputado federal Dr. Leonardo (Solidariedade) voltou atrás no momento da votação, realizada pela Câmara Federal na noite de sexta-feira (19). À imprensa, o parlamentar afirmou que mudou sua opinião após assistir por completo o vídeo que ensejou a prisão do colega.

Daniel foi preso no dia 16, depois que Silveira divulgou um vídeo incitando ataques pessoais aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e com apologia ao AI-5 - instrumento característico da ditadura militar. 

Inicialmente, Dr. Leonardo, que é líder da bancada mato-grossense na Câmara, se posicionou contra a prisão do parlamentar.

Em seu perfil no Twitter, escreveu: “Não concordo com a maneira chula do deputado Daniel Silveira se manifestar, mas defendo o Artigo 53 da Constituição, da inviolabilidade dos parlamentares por suas ideias e opinião. A mensagem passada com a prisão é que todo cidadão que criticar o STF estará passível de prisão”.

No entanto, na sessão convocada pela Câmara para deliberar se os parlamentares soltariam ou não o colega, o deputado mato-grossense votou pela manutenção da prisão. Segundo ele, houve uma reunião partidária e, dali, saiu o voto.

“Foi diagramado quase todos os 24 minutos de fala do deputado e teve um ponto que foi muito pesado. Você bater com gato morto até miar... Quer dizer, é pra matar o ministro. Nenhum cidadão, nem deputado nem senador, pode incitar a morte, desejar a morte de alguém. E por esse trecho, que foi muito grave, votei por manter a prisão que a Justiça determina. Passou do ponto”, justificou Dr. Leonardo.

A prisão do parlamentar foi mantida por 364 votos a favor, 130 contra e 3 abstenções. Pelo regimento da Câmara, seriam necessários 257 votos para reverter a prisão. De Mato Grosso, segundo apurou o Leiagora, apenas Emanuelzinho Neto (PTB), Nelson Barbudo (PSL) e José Medeiros (Podemos) votaram contra a manutenção da prisão do colega.

 O parlamentar está preso desde então.
 
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