Imprimir

Imprimir Notícia

02/03/2021 às 07:08

Chefe da Defensoria diz que faltou rigidez do poder público para impedir festas clandestinas

Da Redação - Eduarda Fernandes / Reportagem Local - Camilla Zeni

Faltou rigidez do poder público na fiscalização para impedir a realização de festas clandestinas. Essa é a avaliação feita pelo defensor público-geral, Clodoaldo Queiroz, em entrevista à imprensa na manhã desta segunda-feira (1º).

“Acho que a opinião geral é de que houve extrapolamento nessa situação de maneira muito escancarada. Nós vimos situações de locais de festa que reiteradamente descumpriam as medidas e parecia que nada aconteceria. Neste sentido, talvez faltou rigidez maior, mas isso depende de legislação. As autoridades nem sempre tem condições de aplicar sanções da maneira como deveria”, disse.

Leia também - Audiência sobre lockdown é suspensa após decreto estadual com novas medidas

Algumas dessas situações de bares que descumpriam as medidas foram noticiadas pelo Leiagora. Foi o caso da casa noturna Nuun Garden, que por várias vezes foi interditada pela Prefeitura de Cuiabá por descumprir as medidas de biossegurança para o enfrentamento ao coronavírus, bem como funcionando sem alvará. 

Os bares da região da Universidade de Cuiabá (Unic), na Avenida Beira Rio, e da Praça Popular também foram alvo de várias denúncias por aglomeração. Estabelecimentos lotados com pessoas sem máscaras se tornaram uma cena comum na noite cuiabana.

Para Clodoaldo, é preciso impedir pelo menos as situações de aglomerações desnecessárias. “Não definiria como lockdown, mas entendo que aglomerações desnecessárias têm que ser cessar imediatamente. Bares e clubes que não têm condição de propiciar o distanciamento social, forma adequada das pessoas frequentarem, no mínimo têm que cessar imediatamente”.

O chefe da Defensoria Pública de Mato Grosso defende medidas mais rígidas para tentar evitar que o Estado reviva a situação de julho do ano passado, quando Mato Grosso atingiu o pico da primeira onda.

“Não queremos que isso ocorra novamente, mas estamos preste a chegar nisso, beirando 90% [de ocupação dos leitos de UTI]. Entendemos que deve haver compatibilidade com a economia mínima”.
 
 Imprimir