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03/03/2021 às 16:13

Deputado critica falta de articulação e diálogo entre Mauro e Emanuel sobre decretos

Eduarda Fernandes

O deputado estadual Lúdio Cabral (PT) criticou a forma como o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), e o governador Mauro Mendes (DEM) têm lidado com a questão das medidas de enfrentamento à covid-19. Na visão do parlamentar, os gestores pecam na falta de articulação, convencimento e diálogo para chegar a um consenso sobre quais medidas devem ser adotadas. O prefeito de Várzea Grande Kalil Baracat (MDB) também não escapou das críticas, feitas em entrevista à rádio CBN, na manhã desta quarta-feira (3).

O parlamentar não vê lógica na divergência entre os decretos de Cuiabá, Várzea Grande e Estado. Levando em conta que a pandemia completa um ano este mês e que o colapso na rede de saúde se aproxima, Lúdio entende governantes já deveriam ter aprendido como enfrentar a pandemia.

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Lúdio observa que, ao invés do consenso, os gestores optam pelo confronto político. O deputado lembra que houve uma única reunião entre governador, prefeito de Cuiabá e a então prefeita de Várzea Grande, Lucimar Campos, no ano passado, quando o sistema de saúde entrou em colapso no Estado.

“Depois disso, esses governantes nunca sentaram na mesma mesa para pensar o enfrentamento à pandemia. E, além de não fazer isso, ficam um confrontando o outro. Tenho certeza que se a decisão do Governo fosse mais flexível, a decisão do prefeito de Cuiabá seria mais dura. Como a decisão do governo foi relativamente dura, aí o prefeito de Cuiabá quer tomar a decisão mais flexível. Isso é muito ruim, nós já tínhamos que ter aprendido”.

Lúdio insiste que o Governo do Estado já tem um decreto de junho do ano passado que determina quais medidas devem ser adotadas em cada nível de risco.  

Diante da falta de consenso entre os gestores, outros poderes precisaram entrar na história para tentar resolver o imbróglio. “Os governantes precisam sintonizar os encaminhamentos a partir das decisões que tomam. Esse conflito que confunde a cabeça da população, só faz a população circular mais e não se preocupar com a gravidade daquilo que estamos enfrentando”.
 
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