05/03/2021 às 10:20 | Atualizada: 05/03/2021 às 10:59
Mauro e mais 13 governadores cobram agilidade de Bolsonaro na compra de vacinas
Camilla Zeni
O governador Mauro Mendes (DEM) assinou, com outros 13 governadores, uma carta enviada ao presidente da República, Jair Bolsonaro, cobrando auxílio para a compra de imunizantes e agilidade na vacinação contra a covid-19.
No documento, os governadores apontaram que os estados têm feito todos os esforços para combater a pandemia, mas "estão no limite de suas forças e possibilidades". Eles citaram que abriram Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), contrataram profissionais de saúde, compraram equipamentos e investiram em medidas para o distanciamento social e orientação da população, mas que, ainda assim, não foi suficiente.
Os governadores assinalaram que há uma corrida mundial em busca de vacinas, assim como eles próprios também a procuram. Frisaram que estão acompanhando os anúncios do Ministério da Saúde sobre novas aquisições, mas que é necessário fazer a vacinação da população no menor espaço de tempo possível.
"Se não tivermos pressa, o futuro não nos julgará com benevolência. Por isso, pedimos ao Governo Federal, especialmente por meio dos Ministérios da Saúde e das Relações Exteriores, esforço ainda maior para obter, em curto prazo, um número consideravelmente superior de doses. Caso seja possível, sugerimos também o requerimento de apoio e intermediação da Organização Mundial da Saúde", completaram.
Na carta, os líderes demonstram preocupação com o ritmo de vacinação no país e com o avanço das novas variantes do vírus, sendo que a variante P1, considerada mais letal, já se encontra no estágio de transmissão comunitária, ou seja, cuja origem da infecção não é possível localizar.
Eles citaram que os exemplos mais bem-sucedidos de países que atravessaram a pandemia foi a contenção do vírus pela vacinação, combinada com outras práticas de prevenção e higiene, e, por isso, é necessário esforço político e diplomático de todos para garantir novo carregamento de vacinas.
"Esses imunizantes são hoje para o Brasil e para os brasileiros muito mais do que uma alternativa ou medicamento: representam a própria esperança da população e, nesse sentido, nenhum governante pode correr o risco de não esgotar todas as possibilidades ou de procrastinar ações e procedimentos. Cada minuto, cada hora e cada dia são preciosos e decisivos, e constituem a triste diferença entre viver ou morrer", finalizaram.
Covid-19 em MT
Nessa quinta-feira (4), a taxa de ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) chegou a 96.86% em Mato Grosso. Conforme o boletim epidemiológico da Secretaria de Estado de Saúde (SES), 9.883 pessoas estão em isolamento domiciliar, em tratamento da covid-19, 462 internadas em UTIs públicas e 387 em enfermarias públicas.
De quarta para quinta-feira, 2.748 pessoas testaram positivo para a doença no Estado e 37 morreram. Um dos óbitos foi de uma criança, do sexo feminino, que tinha 3 anos e morava em Cuiabá.
Desde o início da pandemia, Mato Grosso já registrou 258.460 casos confirmados da covid-19 e 5.941 óbitos em decorrência do coronavírus. Atualmente, ainda estão pendentes de análise pelo Laboratório Central do Estado (Lacen) as amostras de 1.388 pessoas.
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