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29/03/2021 às 07:00

Presidente da AMM cobra que Bolsonaro assuma protagonismo no combate à covid

Alline Marques

O presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), Neurilan Fraga, defende que o governo federal assuma a liderança nacional no combate à pandemia, na orientação aos demais entes federados e na aquisição e distribuição das vacinas para imunizar a população.

A solicitação inclusive foi feita de maneira formal em carta aberta divulgada pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM), da qual Neurilan atua como conselheiro político.

“Infelizmente o governo federal, que é o responsável pela compra e distribuição das vacinas pelo Programa Nacional de Imunização, se omitiu e demorou muito a tomar providências para cuidar da população brasileira, não só no aspecto das compras de vacinas como também no cumprimento de medidas de biossegurança recomendadas pelo próprio ministério da Saúde”, frisou.


O documento cobra o presidente da República, Jair Bolsonaro, para que assuma a liderança no enfrentamento à covid-19 no país, promovendo o alinhamento entre as esferas de governo e de poder.

Ocorre que é mais que claro o posicionamento do presidente contrário às medidas de restrição ou que implique em conter aglomerações. O próprio Bolsonaro provoca tumulto em suas ações sem se preocupar com o avanço da pandemia. A política também de aquisição de vacina iniciou tardiamente no país. 

O documento  ressalta que o Brasil, que se tornou o epicentro mundial da pandemia, vive o maior colapso sanitário e hospitalar de sua história. “Agora, na pior fase da pandemia, com resultados trágicos cuja dimensão social e econômica ainda é incalculável, o movimento municipalista reitera que a soma de esforços representa o único e inadiável caminho, no qual o papel de coordenação da União faz-se indispensável”.

Na carta aberta, a CNM cobra ainda que o presidente da República esteja pessoalmente empenhado na execução de campanha de comunicação em prol da eficácia e da segurança das vacinas, além da defesa das medidas não farmacológicas, como o distanciamento social, o uso de máscaras e álcool gel, que vêm sendo adotadas em todo o país por estados e municípios.

Ações essas que são bem contraditórias com o posicionamento do presidente, que defende a não obrigatoriedade da vacina, desdenha da máscara e ainda insiste em defender medicamentos sem comprovação científica de eficácia no tratamento precoce à doença. 

“Não cabe transferência de responsabilidades neste momento dramático. É urgente que todas as autoridades públicas de todos os Poderes, da União, dos Estados e dos Municípios, bem como a sociedade brasileira, trabalhem de forma harmônica e colaborativa. Esse alinhamento é o único caminho para frear o crescimento geométrico de casos diante de um sistema de saúde colapsado, com esgotamento estrutural e pessoal”.

A  necessidade de ações emergenciais para o fomento à produção e à importação de neurobloqueadores e oxigênio, e de uma operação logística nacional para o monitoramento e o remanejamento desses insumos no país também são aspectos destacadas na carta.   

Além disso, o documento pondera que os prefeitos brasileiros não medem esforços para exercer seu papel de corresponsabilidade, mas “clamam para que o presidente da República assuma, de forma inadiável, seu dever de coordenar a nação, respeitando a população, a ciência e a comunidade internacional com a humanidade e a empatia exigidas de um Chefe de Estado”.

Clique AQUI e confira a íntegra da carta
 
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