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25/03/2021 às 20:46

Sem citar nomes, Mendes manda recado a Emanuel: 'deixa 2022 para 2022'

Alline Marques

O governador Mauro Mendes (DEM) fez questão de apontar que as divergências políticas precisam ser deixada de lado: “deixa 2022 para 2022”, numa referência às brigas políticas antecipando o que seria uma disputa eleitoral do próximo ano. A declaração foi dada em entrevista à CNN na noite desta quinta-feira (25) e apesar de o questionamento estar relacionado ao governo Federal, o democrata fez questão de deixar claro que não se tratava apenas do presidente Jair Bolsonaro, e sem citar nomes mandou recado ao prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), com quem tem mantido embates diários por conta das medidas de contenção ao coronavírus. 

“Muitas lideranças políticas, e não to falando só do presidente, estão pensando em 2022, e trabalham pensando em o que fazer para destruir adversário, para conquistar voto, mas o momento é de canalizar as nossas energias, competência e capacidade para produzir resultados, que estão na vacina e em garantir o tratamento da população, não pode faltar medicamento, oxigênio, e atenção com as pessoas”, declarou à emissora nacional. 

Mauro falou da situação vivida por Mato Grosso que conseguiu na justiça que a União mantenha o estoque de oxigênio no estado, garantiu que ninguém morreu por falta do insumo, e ainda disse ter enviado dois aviões com 20 cilindros de oxigênio para alguns municípios distantes e com difícil acesso para evitar a falta do produto. 

Sobre a movimentação por parte do Ministério da Saúde para garantir oxigênio, Mendes disse que tem mantido contato com o representante do órgão federal que trata desta demanda e ao que sabe o servidor tem tratado com CEO’s dos grandes fabricantes, tratando de logística, assuntos que possam garantir o fornecimento não apenas para Mato Grosso, mas para todos os estados que passam por dificuldade. 

De maneira pacificadora, o governador não deixou de demonstrar sua insatisfação com a condução da pandemia por parte do governo federal, mas também adiantou que “não é momento de briga política, de enfrentamento político, deixa 2022 para 2022, vamos salvar vida, trabalhar juntos. Cada um fazendo sua parte, mas a articulação central é importante e esse papel ninguém pode tirar do Ministério da Saúde”, afirmou. 

Pressionado a falar ainda sobre a condução da pandemia pelo governo Federal, Mendes disse que prefere não apontar dedo para ninguém e nem procurar culpados. “Cada um sabe o que fez, o que o presidente fez, o que cada governador do seu estado fez, sabe que erros podem ser cometidos. O que não podemos ter é as pessoas perceberem que um líder não está se importando com um grave problema, o que espero não só como governador, é que nossos líderes sejam capazes de conversar, colocar o interesse maior da nação em primeiro lugar e trabalhar muito para vencer essa crise, articular medidas, ações,e trabalhando numa única direção, e não trazer um problema que é só em 2022”.
 
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