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07/04/2021 às 13:47 | Atualizada: 07/04/2021 às 13:47

Stringueta: 'Espero se defendam e voltem atrás com suas imoralidades reconhecidas pela sociedade'

Camilla Zeni

O delegado Flávio Henrique Stringueta, processado pelo Ministério Público do Estado (MPE) por calúnia, difamação e injúria, avaliou que o órgão, ao invés de se defender, preferiu lhe atacar. Ele também afirmou não ter pretensões políticas neste momento, ao contrário do que alegou o MPE, e que vai esclarecer suas pontuações na Justiça. 

Conforme o Leiagora publicou, Stringueta foi denunciado nessa terça-feira (6) com base em artigos publicados na imprensa, nos quais ele afirmava que não haveria instituição mais imoral que o MPE-MT. 

Após saber da ação, o delegado comentou que já havia dito que gostaria de ser processado para que pudesse provar seus argumentos. "Tudo será esclarecido na ação proposta", afirmou ao
Leiagora

Saiba mais - Stringueta é denunciado à Justiça por calúnia, difamação e injúria contra membros do MPE

Entretanto, Stringueta observou que o MPE não teria se defendido das acusações, mas preferido atacá-lo. Isso porque, na denúncia levada à Justiça, o Ministério Público levantou questionamento sobre a idoneidade de um auxílio-moradia recebido pelo delegado quando era lotado no município de Lucas do Rio Verde. 

"Quando me atacam, não se defendem. Só me atacam. Espero apenas que se defendam e voltem atrás com suas imoralidades reconhecidas pela sociedade de bem", disse o delegado.

"Se algum benefício que recebi em Lucas do Rio Verde era ilegal, por que o MPE não se manifestou logo que a lei foi criada? Se havia lei, era legal. Assim como a lei que os beneficiou com o imoral auxílio moradia, mas não foi contestado por nenhum membro do MPE", completou. O auxílio-moradia dos membros do Ministério Público foi um dos pontos levantados por Stringueta em seus artigos. 

O delegado também manifestou não ter pretensões políticas neste momento, mas pontuou que, mesmo se tivesse, "não muda nada o contexto das imoralidades" reveladas. Segundo ele, os pontos elencados em seus artigos foram "aplaudidos pela sociedade de bem". 

Ainda em sua defesa, Stringueta questionou o motivo pelo qual os membros do Ministério Público não se sentiram ofendidos quando receberam smartphones em plena pandemia, quando "milhões de pessoas passam fome por terem perdido empregos, fechado lojas, perdido parentes, e cujo dinheiro ajudaria todos eles e muito mais". 

"Não há muito o que dizer desses senhores a não ser pena. Enquanto a opinião pública em peso apoiou o que escrevi, eles sentem que suas honras são mais importantes do que ela (opinião pública). Um tapa na cara da sociedade. Mais vale uma ilegalidade moral do que uma legalidade imoral", afirmou.
 
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