08/04/2021 às 10:02 | Atualizada: 08/04/2021 às 10:12
Emanuel afirma que Cuiabá não aplicará vacina comprada pelo Estado sem autorização da Anvisa
Camilla Zeni
O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), afirmou nesta quinta-feira (8) que não deverá distribuir as vacinas russas Sputnik V, compradas pelo Governo do Estado, se a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) não aprová-las.
A compra de 1,2 milhão de doses da Sputnik V foi anunciada pelo governador Mauro Mendes (DEM) no dia 31 de março, com expectativa de que os imunizantes fossem entregues em Mato Grosso na segunda quinzena do mês de abril. Contudo, o governo ainda enfrenta dificuldades na liberação do uso da vacina.
“Eu não sei o que levou o governado a anunciar precipitadamente uma decisão que não tinha sido nem tomada ainda, mas como eu não estou dentro eu prefiro não julgar. Eu só posso dizer o seguinte: o meu povo cuiabano só será vacinado se a Anvisa aprovar. Se a Anvisa não aprovar, essa vacina não entra aqui”, afirmou o prefeito, em entrevista à rádio CBN Cuiabá.
Emanuel comentou que, recentemente, soube que o governo tem autorização para aplicar as vacinas mesmo sem aval da Anvisa. Para isso, bastaria que os imunizantes tenham recebido autorização de qualquer agência internacional similar à Anvisa.
“Nada disso. O órgão que garante segurança para se aplicar a vacina na população é a Anvisa, é o Ministério da Saúde. Se não tiver o aval deles, não vai vacinar Sputnik em hipótese alguma. O povo cuiabano não é cobaia. É só isso que eu quero deixar claro. Passou pela Anvisa, tendo o aval do Ministério da Saúde, pode ter certeza que estamos prontos, porque o que eu mais quero é vacinar toda a população”, garantiu o prefeito.
Segundo o governador, a compra da Sputnik V foi feita baseada no fato de que outros 50 países já usaram os imunizantes. Além disso, outros estados brasileiros também compraram as doses importadas. Mauro pediu que a Anvisa ajude o Estado a fazer o procedimento necessário para a importação dos imunizantes.
Até o momento, não há um posicionamento formal da Agência. A Anvisa informou apenas que o processo de importação excepcional é mais simples do que a avaliação para uso emergencial da vacina, que já foi requisitado para a aplicação da Sputnik.
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