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12/04/2021 às 13:03

Quase três anos após condenação, Justiça manda filho de Silval cumprir pena

Camilla Zeni

O empresário Rodrigo Barbosa, filho do ex-governador Silval Barbosa, deverá começar a cumprir a pena de dois anos e dois meses de reclusão, em regime aberto, à qual foi condenado em junho de 2018 no âmbito da Operação Sodoma. A decisão pelo cumprimento de sentença foi determinada pela juíza Mônica Catarina Perri Siqueira, na última sexta-feira (9). 

Além da prisão em regime aberto, Rodrigo Barbosa foi condenado ao pagamento de 66 dias-multa, em março de 2018, em uma das ações originárias da Sodoma. Na época, a Delegacia Especializada em  Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública apontou que a organização criminosa chefiada por Silval Barbosa promovia desvio de dinheiro público e cobrava propina de empresários em troca de incentivos fiscais. A sentença transitou em julgado em junho de 2018.

Nos termos da execução penal, Rodrigo ficou proibido de sair à noite, no período das 21h às 6h, e deverá comparecer bimestralmente na Fundação Nova Chance, em Cuiabá, para assinar termo de comparecimento e comprovar trabalho e seu endereço residencial. Ele também está proibido de sair de Cuiabá e Várzea Grande sem autorização prévia da Justiça, bem como de frequentar lugares "inapropriados", como casas de jogos e prostituição ou bocas de fumo. 

Pelos termos das medidas cautelares, Rodrigo Barbosa também não poderá portar armas, fazer uso de bebidas alcoólicas ou drogas, e não pode se envolver em qualquer tipo de infração penal, seja crime ou contravenção. Ele também deve ficar em dia com a Justiça. 

Em caso de descumprimento das cláusulas, o empresário poderá ser preso.

Condenações

Além de Rodrigo Barbosa, no âmbito da Operação Sodoma II também foram condenados outras 14 pessoas, dentre as quais Silval, o ex-prefeito de Várzea Grande Wallace Guimarães, o ex-presidente da Assembleia Legislativa José Geraldo Riva, e os ex-secretários de Estado Pedro Nadaf, Pedro Elias de Mello, César Zilio e José de Jesus Cordeiro.

Pelo esquema, Silval Barbosa foi condenado a 14 anos, dois meses e 20 dias de reclusão, e mais um ano e oito meses de detenção e ao pagamento de 443 dias-multa. No entanto, em razão da colaboração premiada firmada com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, ele cumpre a pena em casa. 
 
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