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19/04/2021 às 18:02 | Atualizada: 19/04/2021 às 18:03

Carvalho diz que Emanuel tem 'pensamento medíocre' sobre isenção de IPVA

Kamila Arruda

O secretário-chefe da Casa Civil, Mauro Carvalho, não poupou críticas ao prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) por conta de seu posicionamento quanto à isenção do IPVA para algumas categorias do Estado. Para o integrante do primeiro escalão estadual, o emedebista tem um pensamento medíocre.

“Eu fico muito triste. É lamentável isso, porque o Governo do Estado está fazendo um esforço enorme para vir a contribuir com as pessoas que estão passando por necessidade durante essa pandemia. Tudo que o governo faz a Prefeitura de Cuiabá quer questionar, quer instigar. Eu peço para que o prefeito Emanuel pare com isso, vamos pensar em Cuiabá, pensar no próximo, concentre os seus esforços na vacinação, em ampliar os locais de vacinação, na falta de medicamento no pronto-socorro”, alfinetou Carvalho. 

O secretário aproveitou ainda para citar as denúncias de falta de insumos nas unidades de saúde do município, e ainda os episódios de aglomeração no principal ponto de vacinação da Capital localizado no Centro de Eventos do Pantanal.

“É lastimável e lamentável ele não querer ajudar mais de 500 mil mato-grossenses que serão beneficiado por essa isenção”, completou o secretário.

Na semana passada o Governo do Estado anunciou a isenção do IPVA 2021 para motos até 160 cilindradas e da frota do setores de eventos, bares e restaurantes, os mais prejudicados com a pandemia, além dos motoristas de aplicativos e das vans escolares e de turismo.

A medida representa uma queda na arrecadação de R$ 36 milhões para o Estado, e R$ 18 milhões para os municípios. Isso irá representar para os cofres da Capital cerca de R$ 9 milhões, o que gerou críticas por parte do chefe do Executivo Municipal.

Emanuel garante que quer colaborar, mas pontua a falta de diálogo por parte do Governo do Estado, uma vez que o IPVA é 50% do estado e 50% dos municípios.

Diante disso, ele acredita que Mendes só tem o poder de isentar apenas 50% do imposto, tendo em vista que a outra metade é repassada aos municípios. 

“Estou pronto para colaborar, mas tem que conversar com outros municípios. O que eu vi foi o anúncio, mas não pode ser desse jeito, fiquei de conversar com o Neurilan (presidente da AMM). Temos 141 prefeitos, todos querem colaborar. Eu sou solidário, a população precisa, mas não tem validade jurídica, é  questionável juridicamente. Eu não vi a lei ainda, mas se estiver 50%, ok! Mas se for 100% está errado", rebateu o prefeito.
 
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