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23/04/2021 às 18:44 | Atualizada: 24/04/2021 às 17:15

Vídeo | Medicamentos vencidos são flagrados em centro de distribuição da Prefeitura

Alline Marques

Os vereadores encontraram diversos medicamentos vencidos no Centro de Distribuição de Medicamentos e Insumos de Cuiabá, dentre eles, está o AmBisome, que custa em média R$ 26 mil, que deveria ser utilizado no tratamento de candidíase e como antifúngico. A fiscalização foi realizada na manhã desta sexta-feira (23) e contou com a participação de Diego Guimarães, que está de licença médica, Maysa Leão, Marcos Paccola, todos do Cidadania, e ainda Michelly Alencar (DEM). 

O flagra foi feito após visita no local. Os parlamentares chegaram a gravar um vídeo onde mostram vários caixas de remédios vencidas, algumas delas desde julho de 2020, o que demonstra uma falta total de controle nos medicamentos que são estocados. 

Diego ressalta que é revoltante ver este tipo de coisa acontecer em plena pandemia em que estados e municípios brigam por insumos e medicamentos. No vídeo ainda é possível ver pilhas de caixas que seriam de remédios e até latas de leites vencidas. “É revoltante! Em plena pandemia a Prefeitura de Cuiabá está jogando fora medicamentos comprados com o dinheiro da população cuiabana. Enquanto isso, os cidadãos estão morrendo por falta de remédios. É dinheiro público que está indo pro ralo”, completou.

    Um dos remédios encontrados é o AmBisome que custa em média R$ 26 mil 

Maysa conta que esteve no centro na semana anterior e teria questionado sobre remédios que estavam para vencer, mas o fato foi negado. Nesta sexta-feira (23), por meio de uma denúncia que chegou até o parlamentar, os vereadores foram até o local. A parlamentar contou que chegou ser impedida de andar pelos corredores para fiscalizar o restante dos medicamentos. 

Os dois vereadores foram acompanhados também pelo colega tenente-coronel Marcos Paccola (Cidadania). Após constatarem as irregularidades, os parlamentares acionaram os policiais da Delegacia de Combate à Corrupção (Deccor) para apurar o caso. 

Sobre a denúncia, a Secretaria Municipal de Saúde se limitou a informar, por meio de nota, que a atual secretária Ozenira Félix determinou uma averiguação no estoque quando assumiu a Pasta, em outubro de 2020.

Vale destacar que a gestora assumiu o cargo após o afastamento do secretário Luiz Antônio Possas de Carvalho, denunciado por participar de um esquema de superfaturamento em medicamentos, dentre eles, a Ivermectina que fazia parte do chamado kit covid, que por sinal não eficácia no tratamento da doença. 

A nota da SMS informou ainda que os servidores do Centro de Distribuição de Medicamentos e Insumos de Cuiabá (CDMIC) foram surpreendidos pelo vereador Diego Guimarães, que está afastado do cargo, e sua suplente Maysa Leão e também o vereador Marcos Pacola, que invadiram o local e desacataram os servidores públicos. 

“A SMS destaca que nunca negou o direito de nenhum cidadão, ainda mais com atribuição legal de fiscalizar, de visitar os espaços de atendimento à população, não sendo necessária a atitude tomada pelos parlamentares. A pasta informa que adotará as providências legais com relação à invasão e desacato aos servidores públicos, que merecem respeito no exercício de suas funções”, diz a nota.


 
 
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