Imprimir

Imprimir Notícia

04/05/2021 às 07:00

Emanuel diz que não teme CPI e afirma não agir contra ‘as barbaridades da Câmara’

Camilla Zeni

O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), afirmou que não teme a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Remédios Vencidos aberta na Câmara de Cuiabá na última semana. O gestor ainda destacou a autonomia do parlamento e afirmou não se envolver nos assuntos internos do órgão. 

“Não tem problema. Nada a temer. Jamais me envolvi contra as barbaridades da Câmara de Cuiabá. Nem naquelas barbaridades, naquelas violências constitucionais e políticas contra mim daquele período da legislatura passada eu me envolvi, muito menos agora”, comentou o prefeito após lançamento do novo grupo de vacinação de Cuiabá, na tarde de segunda-feira (3). 

Apesar de manter o poder de articulação na Câmara com uma base forte, como já era na gestão anterior, Emanuel garantiu que o parlamento trabalha de forma autônoma, de forma que ele não se envolveria no andamento das CPIs.

O prefeito ainda comentou que, em relação aos medicamentos vencidos que foram encontrados na Central de Distribuição, tão logo soube do caso, determinou apuração por parte da Controladoria Geral, e garantiu que dá condições para as investigações dos demais órgãos de controle, afirmando: “o que me interessa é a transparência”.

Além da própria Controladoria do município, investigam o caso o Tribunal de Contas do Estado, a Câmara de Cuiabá e o Ministério Público Estadual. 

Para a secretária municipal de Saúde, Ozenira Félix, é difícil “apontar um culpado” neste momento. 

“Estamos terminando de fazer o levantamento que nos comprometemos. A equipe está na fase da impressão para poder entregá-los. Não há nenhum temor em relação a isso, graças a Deus. É dificil apontar um culpado no meio de tanta gente. Levantamentos os fluxos de funcionamento e vamos entregar. Aí compete aos órgãos de controle fazer a apuração”, comentou, no mesmo evento. 

CPI dos Medicamentos Vencidos

Com 13 assinaturas, os vereadores da base aprovaram a criação da CPI dos Medicamentos no dia 27 de abril, como em uma manobra para reduzir o poder de atuação da oposição. Até o momento, a Câmara ainda não indicou quem serão os membros da CPI. Os nomes devem sair de uma reunião extraordinária do Colégio de Líderes nesta terça-feira (4). 

A CPI foi motivada em razão de medicamentos para tratamento da covid-19 terem sido encontrados vencidos no Centro de Distribuição de Medicamentos e Insumos de Cuiabá no dia 23 de abril. Na ocasião, grupo de vereadores da oposição fez a visita ao local e divulgou o caso. 

Na época, a Prefeitura de Cuiabá informou que desde que Ozenira assumiu a Pasta, em outubro de 2020, ela já tinha determinado um levantamento sobre a Central de Distribuição e apuração de remédios vencidos.
 
 Imprimir