Sem vacinas da Coronavac, Rondonópolis cobra envio da Pfizer e garante ter 'super freezer'
Camilla Zeni
O município de Rondonópolis (212 km de Cuiabá) é mais um, em todo o país, que enfrenta a falta de vacinas Coronavac, do Instituto Butantan, para aplicação da segunda dose ao público que já começou a imunização. Diante do quadro, o secretário municipal de Saúde, Vinícius Amoroso, cobrou da Secretaria Estadual (SES) mais atenção ao município.
Em reunião na SES com a secretária em exercício, Danielle Carmona, nessa segunda-feira (3), Amoroso destacou que o município estaria preparado para receber parte das vacinas da fabricante norte-americana Pfizer, que chegaram a Mato Grosso naquela tarde.
Segundo Amoroso, o município já providenciou o "super freezer" necessário para armazenamento desses imunizantes. Isso porque, por determinação da fabricante, as doses devem ser armazenadas em uma temperatura entre -25ºC e -15ºC por até duas semanas. Depois desse período, a exigência é de que sejam guardadas entre -90ºC e -60ºC.
Apesar da garantia de Rondonópolis, a SES informou que o primeiro lote das vacinas americanas ficará exclusivamente com Cuiabá, que deverá receber as 7.020 doses do imunizante nesta terça-feira (4). A medida atendeu também uma recomendação do Ministério da Saúde, que pediu prioridade às capitais, em razão da logística de armazenamento.
Entretanto, conforme a Secretaria de Saúde de Rondonópolis, a SES teria dado garantias de que, quando for enviada nova remessa de imunizantes, outros municípios serão contemplados, "independentemente de ter ou não o super freezer".
Já em relação à Coronavac, o secretário ouviu que uma carga maior da vacina deve ser enviada pelo Ministério da Saúde na próxima semana. Atualmente, a única vacina em aplicação no município é a da AstraZeneca, da Fiocruz.
Falta da Coronavac
No Brasil, diversos municípios enfrentam a falta de vacinas Coronavac para aplicação de segunda dose contra a covid-19. Isso aconteceu porque, há dois meses, o Ministério da Saúde, sob a gestão do general Eduardo Pazuello, orientou às prefeituras que aplicassem todas as vacinas recebidas de uma única vez, descartando risco de desabastecimento.
A determinação contraria as primeiras recomendações do próprio Ministério da Saúde, que orientava os municípios a aplicarem apenas metade do quantitativo que recebiam. Dessa forma, a aplicação da segunda dose naqueles que já foram vacinados estaria garantida.
Cabe destacar que, no caso da Coronavac, a segunda dose deve ser tomada após 21 dias da primeira aplicação. O Instituto Butantan garantiu que, no entanto, a aplicação da última dose em um período de 15 a 21 dias fora do prazo ainda não compromete a eficácia da vacina. Por isso, orientam que o público busque a imunização tão logo sejam enviados os imunizantes.
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