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15/05/2021 às 13:00

Júlio Campos desqualifica membros da CPI da Covid no Senado

Eduarda Fernandes

Ex-deputado federal Júlio Campos (DEM) fez duras críticas à composição da CPI da Covid, Comissão Parlamentar de Inquérito aberta no Senado para apurar eventuais omissões do governo federal no enfrentamento da pandemia da covid-19. Mesmo defendendo o objeto de investigação, Júlio afirma que os membros que compõem a Comissão “envergonham qualquer CPI”.

“Cheio de senadores desqualificados moralmente para comandar uma CPI. Pegaram a nata suja do Senado para compor aquela Comissão. Eis o quadro que foi. O presidente da Comissão envolvido, ele e a sua família, com vários escândalos. O relator, público e notório, conhecido do Brasil inteiro, Renan Calheiros. E vários outros membros", declarou Júlio Campos em entrevista à imprensa na noite dessa segunda-feira (10).

O ex-governador foi além ao dizer que 
o Senado deveria ter "inteligência suficiente" para escolher senadores "de alto nível, honrados, dignos", para compor essa comissão.

A CPI da Covid possui 11 integrantes titulares, sendo Omar Aziz (PSD-AM) – presidente, Randolfe Rodrigues (Rede-AP) - Vice-presidente, Renan Calheiros (MDB-AL) – Relator, Ciro Nogueira (PP-PI), Eduardo Braga (MDB-AM), Eduardo Girão (Podemos-CE), Humberto Costa (PT-PE), Jorginho Mello (PL-SC), Marcos Rogério (DEM-RO), Otto Alencar (PSD-BA) e Tasso Jereissati (PSDB-CE). Também há sete suplentes.

Já com relação diretamente à postura do presidente Jair Bolsonaro diante da pandemia, Júlio Campos avalia que ele “atrapalhou muito a vacinação”, porque “não quis comprar vacina no momento certo” e, além disso, “pregou vários tipos de tratamento precoce que não têm [eficácia] ainda comprovada”.

“Acredito que se ele tivesse um comportamento mais conciso, seguisse mais a orientação dos profissionais da saúde, a sua situação política e administrativa estaria bem melhor. Infelizmente, nós conhecemos o gênio e o modo de agir do presidente Bolsonaro. Muito precipitado, muito raivoso, isso aí atrapalha qualquer política de controle desse maldito vírus, que já ocasionou mais de 400 mil mortes no Brasil”.
 
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