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12/05/2021 às 10:46

Secretária admite falha na compra de medicamentos durante vistoria da CPI

Da Redação - Alline Marques / Reportagem Local - Paulo Henrique Fanaia

A secretária Municipal de Saúde, Ozenira Félix, admitiu que existia uma falta de controle nas compras dos medicamentos e foram constatadas grandes quantidades de remédios que não possuem tanta procura. Ela admite também que apesar da informatização de parte do processo, ainda não é o ideal, além disso, a ordem de fornecimento ainda é feita dentro da Secretaria e não está centralizado no Centro de Distribuição de Medicamentos e Insumos da Capital. 

“Na verdade, dentro do sistema, aparece mensalmente, mas o problema todo está na compra, porque se você comprou uma quantidade grande de algo que não vai fazer dispensa, não adianta o sistema alertar. Se tiver um volume alto de algum produto, não tem como utilizá-lo. Alguns itens era uma quantidade alta, mas é um trabalho que estamos fazendo e observamos que um dos grandes gargalos está na ordem de fornecimento”, declarou em entrevista na manhã desta quarta-feira (12) durante vistoria dos vereadores no centro de distribuição. 

A gestora acompanhou os parlamentares membros da CPI dos Medicamentos Vencidos e garantiu que a pasta tem buscado soluções para os problemas. Segundo ela, duas comissões foram criadas, uma para apurar os fatos, e outra para buscar soluções para os problemas. 

Ozenira defendeu ainda a criação de uma legislação própria à política farmacêutica do município para evitar que fique a mercê da política e troca de gestores. Atualmente, ela é feita por meio de normativas internas da SMS. Uma das sugestões também que o CDMIC seja transformado numa coordenadoria para centralizar todos os procedimentos referentes à compra, abastecimento e dispensa de medicamentos. 

“Precisamos melhorar a política farmacêutica regida por portarias internas, precisamos que as diretrizes gerais estejam em legislações, para ter uma dificuldade maior de fazer alterações, e para isso precisa ter estudo e temos uma equipe trabalhando no organograma. Não se pode ter apenas uma política de distribuição, precisamos ter uma política de entrada”, afirmou. 

Sobre algumas mudanças já realizadas no setor, Ozenira disse que atualmente o centro conta com a presença de cinco farmacêuticos, antes era apenas um, além de não aceitar mais medicamentos com menos de 18 meses de prazo de validade e outra mudança é solicitar medicamentos apenas para três meses de uso e de acordo com a demanda se repõe ou não o estoque. 

A secretária disse que pretende trabalhar em conjunto com a Câmara na criação dessa legislação para a política farmacêutica no município. Além disso, garantiu colaboração total com a CPI dos Medicamentos, criada para apurar a denúncia levantada pelos vereadores de oposição que realizaram uma fiscalização e identificaram diversos remédios vencidos, dentre eles, alguns como dipirona, paracetamol, amoxicilina e até Ambisome de que custa em média R$ 25 mil.
 
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