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18/05/2021 às 11:23

Gestores que 'fugirem' do Plano Nacional de Imunização podem responder criminalmente

Alline Marques

Os gestores que abrirem a vacinação contra a covid-19 para grupos prioritários sem a autorização do Minitério da Saúde poderão responder criminalmente. O alerta foi dado pelo secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo, durante audiência realizada pela Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa de Mato Grosso. 

"Eu imploro aos gestores, principalmente dos grandes municípios, que estão saindo do plano nacional: não vai ter dose. Eles vão ter que responder criminalmente por sair fora do plano. Não sou eu que decido quem vai vacinar, é pactuado em CIB, não dá para transformar a política de vacinação em palanque político porque serão responsabilizados", afirmou o secretário ao comentar também sobre a falta de vacina. 

O alerta é feito um dia após o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), anunciar a vacinação de jornalistas e assistentes sociais. Além disso, o emedebista também abriu a vacinação para varredores, garis da coleta de lixo domiciliar e catadores de recicláveis, o que atendeu cerca de 500 pessoas fora do Plano Nacional de Imunização (PNI). Porém, o secretário estadual optou por não citar nominalmente nenhum município. 

Para o gestor estadual, não dá para atuar politicamente e destaca que a vontade é vacinar todos, mas "não tem como porque não tem vacina". 

Outro alerta feito pelo gestor é sobre os pedidos de reposição de doses baseados em perdas técnicas. Isto porque, segundo Gilberto, é preciso que haja uma comprovação, desde o registro de um boletim de ocorrência e oficializar no sistema do Ministério da Saúde. 

"Não adianta só pedir dose de reposição sem registro de comprovação", afirmou.  
 
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