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27/05/2021 às 18:11

Para diretor do Butantan, vacinação contra covid exigirá dose anual de reforço

Por G1

O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, disse nesta quinta-feira (27), em depoimento à CPI da Covid, que vê necessidade de dose anual de reforço para as vacinas contra a doença. Ele explicou que o surgimento de novas cepas e o tempo que dura a imunização das vacinas que atualmente estão no mercado geram a necessidade de aplicações periódicas.

A CPI da Covid investiga ações e omissões do governo e eventuais desvios de verbas federais enviadas aos estados para o enfrentamento da pandemia. Dimas Covas é a décima pessoa a ser ouvida pela Comissão.

"Com relação a uma dose adicional, uma terceira dose – eu não tenho chamado de terceira dose, mas de dose de reforço –, isso será necessário neste momento para todas as vacinas, não só em relação à própria duração da imunidade, na minha opinião, é claro, como também em relação às variantes", afirmou o diretor do Butantan.

Segundo ele, "tudo indica" que será necessária uma periodicidade. "A não ser que a gente tenha mudanças nas próprias vacinas. As vacinas que nós temos hoje, neste momento, levariam a uma necessidade anual de vacinação", completou Dimas Covas.

O Butantan produz a vacina CoronaVac, parceria do instituto com o laboratório chinês Sinovac. Até o momento, é a vacina mais aplicada (cerca de 70% das doses) no Brasil contra a Covid. A CoronaVac exige duas doses, em princípio.

Dimas Covas afirmou que a dose de reforço é planejada também para a ButanVac, uma nova vacina que está sendo desenvolvida pelo instituto.

"Uma dose adicional, já com as variantes, já está sendo pesquisada, inclusive, com o Butantan, que já incorpora esta variante chamada P1 nos estudos em andamento, inclusive com a ButanVac, já prevendo que ela seja produzida", explicou.
 
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