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28/05/2021 às 11:45

Itamaraty nega ter municiado Bolsonaro sobre 'guerra química'

Leiagora

O Ministério das Relações Exteriores negou, em resposta a ofício da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19, ter sido a fonte de informação usada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para declarar que a pandemia poderia ser parte de uma “guerra bacteriológica”.

“Este ministério não produziu ou forneceu informação ‘sobre a possibilidade de estar em curso uma guerra não declarada, promovida por nação estrangeira, por meio de guerra química, bacteriológica e radiológica”, assinalou o chanceler Carlos Alberto Franco França.

No último dia 5, Bolsonaro voltou a insinuar que a China pode ter “criado” o novo coronavírus como forma de desencadear uma “guerra química”.

“É um vírus novo, ninguém sabe se nasceu em laboratório ou por algum ser humano [que] ingeriu um animal inadequado, mas está aí. Os militares sabem que é guerra química, bacteriológica e radiológica. Será que não estamos enfrentando uma nova guerra? Qual o país que mais cresceu seu PIB? Não vou dizer para vocês”, disparou o presidente, em evento no Palácio do Planalto, em Brasília.

À noite, o mandatário da República negou ter se referido ao país asiático. “Não falei a palavra China hoje de manhã”, ressaltou ele.

“Eu falei a palavra China hoje de manhã? Eu não falei. Eu sei o que é guerra bacteriológica, guerra química, guerra nuclear. Eu sei porque tenho a formação. Só falei isso, mais nada. Agora, ninguém fala, vocês da imprensa não falam onde nascem os vírus. Falem. Ou então têm medo de alguma coisa? Falem. A palavra China não estava no meu discurso de quase 30 minutos de hoje”, insistiu o presidente.

O Produto Interno Bruto (PIB) da China encerrou 2020 com crescimento de 2,3%. É o menor índice registrado pelo país nos últimos 44 anos. Porém, a nação comandada pelo presidente Xi Jinping foi a única a crescer economicamente no ano passado, apesar da pandemia do novo coronavírus, segundo dados do Banco Mundial.
 
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