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28/05/2021 às 11:23 | Atualizada: 28/05/2021 às 11:23

Diplomas falsos eram usados por servidores públicos para contagem de pontos e progressão

Camilla Zeni

Servidores públicos e profissionais da educação eram alguns dos principais clientes das instituições de ensino alvo da Operação Zircônia, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) na quinta-feira (27).

Segundo apurado pelo Ministério Público do Estado (MPE), elas forneciam diplomas de graduação e pós-graduação falsificados

O objetivo desses clientes, conforme o Gaeco, era utilizar os diplomas para conseguir progressão de carreira, no caso dos servidores públicos, e melhores pontuações na atribuição de classes, no caso dos professores. 

Ao todo, o Gaeco localizou cerca de 130 diplomas e 110 históricos escolares falsos. O prejuízo ao grupo criminosos foi calculado em quase R$ 1 milhão. 

As investigações contra o grupo iniciaram em 2019, e, ao longo dos anos, o Gaeco ouviu diversos ex-alunos. Já nesse ínterim, dezenas de diplomas, certificados e históricos escolares falsos já foram apreendidos pelo MPE.

Além de documentos fraudados, as instituições também chegavam a ofertar cursos de tecnólogo em gestão pública ou mesmo bacharelado em administração sem a autorização do Ministério da Educação, o que também é ilegal.

Durante a operação, foram cumpridas 35 ordens judiciais, além do bloqueio bancário de R$ 910 mil, autorizados pela Sétima Vara Criminal de Cuiabá.
 
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