O primeiro passo para a construção de uma política preservacionista é devolver o Pantanal para os pantaneiros. O governo e o parlamento estadual são os grandes responsáveis pela destruição do bioma pantaneiro, porque através da legislação atual excluem a presença humana ao impedirem o desenvolvimento econômico sustentável da região.
Os mesmos engravatados e ambientalistas ideológicas que hoje apontam o dedo para os pantaneiros como responsáveis pelo fogo que devastou grande parte do Pantanal, são os defensores da lei que impede o pecuarista pantaneiro de manejar suas pastagens e cuidar dos seus rebanhos conforme uma tradição secular que sempre deu certo e evitou que desastres na proporção desse ano viesse a ocorrer.
O modelo atual de legislação cria um santuário intocável, onde as práticas econômicas são inviáveis e faz com que as propriedades sejam abandonadas. A ausência da presença humana permite a transformação de qualquer fagulha em um inferno de fogo que mata a flora e a faúna, o ecossistema. Só não consegue acabar com bestas ideológicas e os políticos incompetentes que cedem aos argumentos de quem não tem a mínima noção da realidade do ambiente pantaneiro.
O governo estadual e o legislativo atuais não podem ser culpados porque a lei vigente remonta de outras décadas, mas podem ter uma atitude histórica de colocar o assunto em pauta e resgatar o equilíbrio entre o homem e a natureza no Pantanal. Colocando em pauta a discussão equilibrada do tema, ouvindo quem mais conhece e ama o Pantanal: o pantaneiro, herói forjado no lombo do cavalo pantaneiro, convivendo em harmonia com a onça, o jacaré e as enchentes e as secas pantaneiras. Esse é capacitado para opinar e sugerir uma nova legislação adequada a realidade da região.
Culpar o pecuarista pelo fogo é uma covardia e um ato de agressão ao Pantanal. Somente os loucos, os piromaníacos, colocariam fogo em sua própria casa e em seus rebanhos. Os pseudo-ambientalistas, donos da verdade e patrulheiros ideológicos ambientais, devem respeitar o homem pantaneiro e contribuir com o bem da ecologia calando a boca e engolindo as besteiras que vomitam numa hemorragia verbal maldosa, equivocada e destrutiva. São babacas produzindo babaquices.
