Depois de três dias seguidos de porre, bebendo cachaça, cerveja, uísque paraguaio, tequila boliviana ou chumbo derretido, chega a um ponto que o fígado e demais acessórios pedem pido. Se o vômito não for espontâneo, meter o dedo na garganta até expelir um líquido azedo, podre, que queima a guela e dói na consciência (não devia ter bebido, vou parar).
Essa merda líquida que sai pela garganta ainda é mais pura que a classe política dominante e ruminante (só pra rimar e combinar). É tanta bobagem e asnices que chega doer a alma mais penada do purgatório.
Assistir uma sessão da CPI com Renan Calheiros de arauto da justiça e contra a corrupção é o mesmo que o Diabo discursar condenando pecadores.
Em linha geral, tortuosa e curvilínea, a grande maioria dos políticos são burros, oportunistas e corruptos. Esquerda e direita são sinais de trânsito, mas o destino final é bater carteira do povo e acumular, acumular, acumular até que o câncer ou o coração expluda de culpa acumulada.
Meditando tudo isso, fica suave o vômito do porre. Esse, o corpo expele ou o dedo na garganta resolve. O político trepa no poder e parasita no lombo de um cidadão boçal, desligado ou desonesto (o voto por benefícios). A burrice e a ignorância são tristes.
Só resta voltar a beber para que o vômito venha livre, democrático e higienizador. Os políticos continuarão roubando e mentindo porque essa é natureza de grande parte da categoria (?).