A Holding familiar desempenha o papel de institucionalizar não apenas o patrimônio da família, mas também, no caso do agronegócio, a atividade econômica realizada por ela. Dessa forma, cria-se um complexo econômico profissionalizado que jamais será desvirtuado caso um herdeiro opte por não seguir os passos de seus pais.
Há alguns anos surgiram algumas modalidades especificas, como a Holding rural e a Holding médica.
A verdade é que todas elas são exatamente a mesma coisa no que diz respeito à constituição: uma Holding familiar. A diferença reside na razão pela qual a Holding foi constituída.
Profissionais liberais, como médicos e engenheiros, por exemplo, estão muitos expostos e podem responder com seu patrimônio pessoal por eventuais defeitos na prestação de seus serviços.
A Holding familiar funciona como um instrumento perfeito para isolar a atividade econômica do patrimônio constituído por esse profissional.
Vale destacar que não se trata de mecanismos ou subterfugios para lesar terceiros, mas sim de um sistema criado para proteger o profissional e seus bens pessoais.
Mais uma vez, não estamos defendendo que uma eventual indenização deixe de ser paga, mas que ela tenha como limite a capacidade econômica da empresa criada pelo profissional liberal para o exercício de sua profissão e não os bens que ele levou a vida inteira para adquirir.
Por último, mas não menos importante está função da Holding familiar para evitar que uma família tenha que passar pelo inventario.
Isso ocorre porque o inventário reduz de 15% a 40% o patrimônio da família. Para nada, apenas para que o inventário aconteça.
Nesse sentido, a Holding familiar cumpre o papel de manter o patrimônio da família em uma instituição que permaneça sob controle daquele que hoje já é o dono do patrimônio.
No entanto com o falecimento, não haverá necessidade de abertura de inventário, pois esse controle já segue automaticamente para os herdeiros.
Por isso eu sempre digo: construir uma Holding é um ato de Amor à família.
