Produtora premia artista negro ou indígena de Cuiabá com gravação, ensaio fotográfico e R$ 1 mil
Viabilizado pela Lei Aldir Blanc, projeto de Julianne de Quadros também possibilita capacitação em produção cultural e conteúdos informativos no Youtube
Criado para impulsionar iniciativas culturais de realizadores negros e indígenas, o Negócio da Arte (Nega) destinará recursos da Lei Aldir Blanc para um artista da música de Cuiabá. O selecionado receberá R$ 1 mil, uma sessão de fotos para divulgação com o conceituado Rodolfo Luiz e ainda, um single gravado com produtor musical, Rogê Além.
Viabilizado por edital da Prefeitura de Cuiabá, o projeto também oportuniza a capacitação de outras 20 pessoas interessadas em ativar seu lado empreendedor criativo. Em preparação às atividades, a realizadora Julianne de Quadros também tem produzido vídeos informativos e entrevistas com agentes da cultura sobre o tema no Canal do Youtube.
O 1º Prêmio de Música Nega Mato está com inscrições abertas até o dia 10 de fevereiro. Neste período, artistas podem se inscrever gratuitamente, mas a prioridade da premiação é das candidatas. Segundo o regulamento, os interessados em concorrer devem ser negros ou indígenas, morarem em Cuiabá e serem intérpretes.
O formulário online está disponível neste link. Além de responder ao questionário, os candidatos devem enviar arquivo ou link que direcione para vídeo em que interprete uma música escolhida para a gravação.
A idealizadora do projeto, Julianne de Quadros ressalta que a curadoria atribuirá critérios e pontuações extras para candidatas mulheres ou transgêneros, que toquem instrumento e que ainda, sejam autores da música do vídeo apresentado na proposta.
"Para descomplicar, dá para gravar em vídeo pelo próprio celular, não precisa ser nenhuma gravação profissional. Já sobre a pontuação, vale ressaltar que boa parte dos pontos são garantidos mesmo pelo talento, desenvoltura, afinação e performance", destaca.
Julianne Quadros é contadora pela Universidade de Mato Grosso (Unemat), atua na produção cultural há 13 anos e, há dez, é analista de desenvolvimento econômico e social do Governo de Mato Grosso.
A oficina de produção cultural online realizada pelo projeto ensinará a duas turmas diferentes como elaborar projetos e planos de ação, captar recursos e prestar contas, além de abordar diversos temas do empreendedorismo criativo. Com conhecimento técnico da área de gestão de projetos e prestação de contas, Julianne espera contribuir para a elaboração de novas propostas na área.
"Precisamos fomentar a ampliação do número de realizadores negros e indígenas, pois afinal, propostas boas não faltam. Trabalhando esse tipo de capacitação acabamos por fortalecer a autoestima e artistas confiantes têm muito mais chances de empreender na área da economia criativa".
Para se inscrever nas oficinas – que dão direito a certificado de 20h – basta acessar o link. "Que todos saiam com projeto pronto e quiçá, uma nova ideia que possa vir a ser uma fonte de renda", vislumbra Julianne.
Canal no YouTube
Julianne de Quadros tem produzido vídeos informativos sobre empreendedorismo criativo e exibe entrevistas com agentes da cultura. Além disso, vai usar o canal para falar sobre editais, elaboração de projetos e prestação de contas. No primeiro vídeo, ela explica o que é a Lei Aldir Blanc.
Serviço
1º Prêmio de Música Nega Mato: inscrições até 10 de fevereiro, no link:https://bit.ly/3qaVTCk
Oficinas de produção cultural: 1º grupo entre os dias 23 e 26 de fevereiro, das 13h30 às 15h30 e 2º grupo entre os dias 27 e 28 de fevereiro, das 8h às 12h.
Mais informações: (65) 99686-5898 ou negamato@gmail.com / Instagram: @negociodaarte.
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