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07/03/2022 às 09:50

Reclusas da penitenciária feminina de Cuiabá irão aprender artesanato em telhas

Objetivo é contribuir com a ressocialização das detentas e oferecer fonte de renda

Entretê

Reclusas da penitenciária feminina de Cuiabá irão aprender artesanato em telhas

Foto: João Felipe

Pela primeira vez, a arte de transformar telhas de barro em artesanato vai sair do tradicional quintal da Dona Domingas, em São Gonçalo, para entrar em uma instituição penal.

Com patrocínio da Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer (Secel/MT) e apoio da Secretaria de Segurança Pública (Sesp/MT) e Assembleia Legislativa, o Instituto Inclusão, Cidadania e Ação (Inca)lançou na sexta-feira (4) o projeto Telharte, na Penitenciária Feminina Ana Maria do Couto May, em Cuiabá.

O lançamento contou com apresentação de dançarinos do Grupo Flor Ribeirinha para 15 reeducandas presentes.

“A ideia principal é que elas aprendam a fazer artesanato em telhas, atividade que é uma extensão do quintal da Dona Domingas, um projeto social que trouxemos para dentro do presídio feminino de Cuiabá e, posteriormente, levaremos para todos os demais municípios que têm unidades femininas”, ressaltou a presidente do Instituto Inca, Cybele Bussiki.

Para a reeducanda A.P., de 38 anos, essa é uma oportunidade de aprendizado e empreendedorismo. “Nós erramos, sim, mas temos o direito de aprender algo e que isso possa nos valorizar, nos fazer crescer e que nos traga perspectivas, independente dos erros que cometemos no passado. É um projeto muito interessante que vai nos dar novas oportunidades”.

O projeto prevê ainda palestras de empreendedorismo de marketing digital para que elas aprendam a vender o produto. “Pretendemos criar um selo em parceria com a Sesp/MT para que esses produtos cheguem em condições de serem comercializados. Futuramente, isso pode ser uma ação em nível de cooperativa”, acrescentou Bussiki.

O projeto terá duração de 90 a 120 dias e a proposta é ministrar aulas três vezes por semana. São 60 vagas, sendo 30 por turno. “É um sonho poder trabalhar com essas meninas e apresenta-las uma arte tão tradicional. E se Deus permitir, quero trabalhar muito tempo aqui com elas”, disse Edilaine Domingas, idealizadora do projeto.

Com assessoria
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