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18/01/2023 às 11:09

No Dia do Riso, humoristas regionais destacam o privilégio de fazer as pessoas rirem

Desde 1998, o dia 18 de janeiro é destinado à celebração da data

Kamila Arruda

No Dia do Riso, humoristas regionais destacam o privilégio de fazer as pessoas rirem

Foto: JL Siqueira / ALMT

Em 18 de janeiro, é celebrado o Dia Internacional do Riso, o Entretê conversou com alguns artistas de Mato Grosso, que são conhecidos por tirarem boas risadas das pessoas. O ator e produtor cultural Eduardo Butakka, inclusive, afirma que o “riso da plateia é o melhor cachê”.

Conhecido pela personagem Penélope Pê, que nasceu na peça teatral Segredos de Liquidificador, ele garante que é um “privilégio” trabalhar fazendo as pessoas rirem.

“É uma satisfação muito grande. Eu encaro o humor com amor, como um ofício. Desde você pensar no assunto que você vai abordar, ter um olhar cômico sobre um assunto que, às vezes, é sério, lapidar isso para que ele chegue no público da melhor forma... Porque o objetivo primeiro é fazer rir, mas também fazer pensar, pois acho que o humor também tem que ser provocador”, avalia.

Butakka destaca o papel questionador do humor. “Pode ser aquele riso leve, aquele riso mais histérico, mais escrachado, aquele riso constrangedor. Mas, pra mim, é um privilegio, porque que é através do humor que a gente questiona a política, os costumes”, completou.

Outro ponto que o ator e comediante destaca é a responsabilidade no processo de criação, a fim de evitar que a piada se torne um tipo de bullying. “Esse é um processo criativo de cada artista. No meu caso, eu procuro me manter bem informado. O trabalho do artista não pode estar descolado da imprensa, por exemplo. Mesmo que seja pra descordar dela. O artista precisa ter empatia também. Sentir a dor do outro. Fazer humor não é fazer bullying. Mas rir e debochar de quem oprime está autorizado”, explica.

Outro que destacou a importância do riso para o Entretê foi o palhaço mato-grossense Zabilim Plim Plim, representado pelo ator Ilson Oliveira. “Pra mim, é muito gratificante provocar o riso nas pessoas. A maior alegriadopalhaço é chegar num lugar e fazer as pessoas rirem. Às vezes, a pessoa está de mau humor, com algum problema e a gente chega com alegria”, colocou.

Mas Ilson registra a palhaçaria deve ser feita com muita seriedade. “Falar do riso é uma coisa séria, porque, primeiramente, eu vivo do riso. Eu já tentei fazer várias outras coisas, mas não consegui, porque a arte me chamava. Eu amo levar a alegria para as pessoas e fazer elas rirem”, completou.

Já o ator Lioniê Vitório, que representa o Nico da dupla humorística Nico e Lau, afirma que, para ele, é um trabalho árduo tirar o riso das pessoas. “É um desafio para mim, pois sou uma pessoa quieta e, até certo ponto, tímida. Mas tenho uma disposição muito grande quando visto as personagens, me transformo nelas e esqueço o Lioniê Vitório interiorano. E eu gosto de ver as pessoas felizes com as reações das interpretações, soltando aquela gargalhada. Isso faz bem para o público e principalmente para mim. E olha que comecei, no teatro, fazendo personagens dramáticos”, colocou.

O riso é um comportamento humano que traz bem-estar às pessoas. Desde 1998, o dia 18 de janeiro é destinado a celebração do Dia Mundial do Riso.

Nesse dia, a reflexão é sobre a importância do riso na vida das pessoas, pois além de demonstrar alegria, traz benefícios como a redução do estresse, melhoria da qualidade do sono, fortalecimento abdominal, melhoria da respiração, entre outras coisas.

A celebração do Dia Mundial do Risoteve origem em Mumbai, na Índia, no dia 11 de janeiro de 1998, na qual 12 mil membros de clubes sociais de diversas partes do mundo juntaram-se em uma mega sessão de riso. Tal evento foi criado pelo fundador do movimento Yoga do Riso, Dr. Madan Kataria.
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