A conquista de espaços - inclusive na produção artística e na economia criativa - demandam de políticas públicas, nesses casos, políticas culturais. Nessa linha, pode-se destacar três iniciativas que foram contempladas em editais da Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer (Secel/MT).
Patrícia Itaibele Gomes Pereira, 29 anos, que se reconhece mulher negra, tinha um projeto de arte com o foco em diminuir diferenças sociais, em razão da raça, de conscientizar e de educar, e foi contemplada, por meio do projeto “Boneca Abayomi: Memória e Identidade Negra”, no edital Movimentar.
Realizado em Juína (745 km de Cuiabá), o projeto busca resgatar, por meio de um brinquedo ancestral, as narrativas da mulher preta. “É uma forma de enfatizar as belezas da negritude e sua contribuição e resgatar histórias apagadas por meio das narrativas orais”, pontua Patrícia.
A empreendedora criativa Juliana de Souza Silva, de 20 anos, é exemplo das mulheres que, dentre os desafios profissionais, está equilibrar sua atuação com a maternidade. Ela começou a empreender aos 15 anos, em Cuiabá, após descobrir que estava grávida. “No começo, [o trabalho] era apenas para sustentar meu filho, comprar leite e o básico, mas, com a pandemia, meu trabalho que já era on-line foi se consolidando”, contou.
Ela foi selecionada no edital MoveMT, desenvolvido pela Secel-MT em parceria com o Oi Futuro, voltado para a aceleração de projetos e negócios criativos. Juliana tem um brechó on-line, o Encontrei Brechó no Instagram, e só conseguiu se perceber como empreendedora após quase três anos de atividade.
Entre as muitas bandeiras levantadas pelas mulheres está o compromisso com a conservação do meio ambiente.
Em Terra Nova do Norte (650 km de Cuiabá), Gisele Maria Ribeiro Bido, 25 anos, desenvolve um trabalho pensando na sustentabilidade e na valorização da Floresta em Pé. A artesã foi selecionada na categoria Mundo das Artes, do edital MT Criativo, lançado em 2021.
A ArtGi Empreendimento Sustentável produz e vende artesanatos de madeira e produtos ecológicos, criando uma nova forma de trabalhar e de viver de forma harmônica com a natureza, de forma a contribuir com a conservação da arte, da culinária e da biodiversidade local.
“O apoio tem nos permitido aumentar a área de floresta protegida com aceiros usados para o Ecoturismo e com a possibilidade de fazer melhorias em nossas instalações e equipamentos”.
Com assessoria
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