24/06/2020 às 08:30 | Atualizada: 26/06/2020 às 10:42
Família garante arraiá tipicamente cuiabano com entrega de 'combos juninos'
Maria Clara Cabral
Na esteira de inciativas voltadas a garantir os festejos típicos dos meses de junho e julho no Brasil, a família Espírito Santo de Paula, de Cuiabá, também criou seu próprio negócio durante a pandemia: a ‘Paçoca da Nega’. Mas com o diferencial de uma cozinha regional, que garante itens tradicionais – tanto dessa época do ano, quanto da cultura e culinária local.
Como o próprio nome do empreendimento sugere, a paçoca de pilão é o item principal dos combos individual (R$ 45 + taxa de entrega) e duplo (R$ 70 + taxa de entrega), que levam ainda quitutes como o tradicional bolo de arroz, canjica, curau de milho, além de brigadeiros tradicional e de paçoca. Para completar o banquete, Maria Isabel com farofa de banana (R$ 15 + taxa de entrega).
A ‘nega’ por trás da ‘Paçoca da Nega’ é Eliane Maria, 56 anos. Nascida em Nossa Senhora do Livramento e criada em Cuiabá e Várzea Grande, ela promove os sabores que herdou de origem, com o suporte da filha Sara e do marido Otamar Benedito.
“Então uma coisa que minha mãe sabe fazer – e faz bem – é a comida regional. Nisso a gente se garante”, comenta Sara. “A comida dela sempre foi muito elogiada por todo mundo que já provou. É um dom mesmo”, destaca a filha. Enquanto Eliane assume a cozinha, Otamar é o reponsável por socar o pilão da paçoca e Sara faz toda a parte comercial e de divulgação. Ambos auxiliam nas embalagens e entregas.
A primeira remessa de combos já saiu nesta quarta-feira (24), em edição especial de São João. A próxima será entregue no dia 18 de julho e Sara já está recebendo os novos pedidos pelo (65) 99316-7117 ou Instagram da ‘Paçoca da Nega’.
Saga empreendedora
A ideia de realizar as entregas de ‘comidas juninas’ através da ‘Paçoca de Nega’ surgiu da necessidade dos cuiabanos em quarentena, que, em julho, também celebram o padroeiro São Benedito. Mas, além da demanda e do dom da matriarca, o empreendimento reflete um acúmulo de vivências das mulheres da família para criar condições principalmente de estudo.
“Minha mãe vendia lanches na faculdade para pagar o curso de Letras da Univag, quando eu ainda era criança. Via muita força nela nessa busca por meios de bancar o que a gente precisa”, conta Sara.
Com o exemplo, a jovem publicitária, que é fruto da educação pública, vendeu brigadeiro para ajudar na mensalidade do cursinho preparatório para vestibular, que garantiu seu ingresso na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).
Durante a faculdade, Sara também vendeu os brigadeiros – agora com sabores diferenciados – no bloco do Instituto de Linguagens (IL) e na entrada do Restaurante Universitário (RU) para pagar sua ida ao Intercom, Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação.
Com o contexto da pandemia, a ‘Paçoca de Nega’ foi colocada em prática pela família, recentemente, no dia 13 de junho.
“A gente começou as vendas e a empresa em si no sábado passado, com a primeira panelada de paçoca de pilão. Comecei a postar nas redes sociais, mandamos para os amigos no WhatsApp. Minha mãe saiu aqui na rua de casa com a assadeira e vendemos as primeiras unidades”, conta Sara.
Agora, a ideia da jovem é, com seus conhecimentos, levar as iguarias e a identidade do negócio para mais pessoas através das redes sociais. “Somos uma empresa familiar, regional e que tem muito orgulho de ser”, finaliza.
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