Com a pandemia do coronavírus, o número de adoção de animais aumentou. Para diminuir a solidão e ter uma companhia durante o isolamento social, muitas pessoas optaram por adotar um animalzinho. É que o explicou a integrante da Associação Mato-Grossense Protetora dos Animais (Apam), Valéria Calmon Cerisara. Mas para que isto ocorra, é necessário que a pessoa interessada atenda alguns requisitos que vai garantir o bem-estar do cão ou do gato dentro do lar.
Atualmente, 70 animais esperam por adoção na Apam. A idade avançada dificulta eles a encontrar um novo lar. “O animal com 5 a 6 anos para frente, a adoção se torna mais difícil. Normalmente, as pessoas querem filhote de porte pequeno e preferência fêmea. Se for adulto, eles já querem obviamente o animal castrado, o que geralmente já fazemos”, disse a protetora de animais.
Além disso, a associação possui uma parceria com uma loja pet onde os animais são colocamos para adoção. Os cães e gatos da Apam são regatados de situação de abandono. Eles são tratados cerca de cinco meses a um ano para serem adotados.
“Quando uma pessoa manifesta o interesse de adotar um animal nós fazemos uma entrevista. A primeira coisa queremos saber é se ela mora sozinha ou tem mais gente em casa e se todos concordam com a adoção, porque se toda a família não abraça a adoção, provavelmente, o animal vai entrar com problema naquele lar”, explicou Valéria.
Ainda sobre este assunto, a protetora de animais completou. “Perguntamos se a família já possui outro animal e se vão a consulta veterinária, pelo menos, uma vez por ano. Se ele é vacinado ou se já teve algum animal que morreu com cinomose, porque não pode entrar outro naquela casa, pelo menos, em um ano. E a atenção precisa ser redobrada no caso do lar já existir um animal, porque, normalmente, eles são territorialistas e podem estranhar a chegada de outro no local”.
Valéria explicou que os questionamentos são necessários para saber se a pessoa interessada de fato deseja um animal ou se está agindo por impulso e se ela consciente das responsabilidades em criar um pet. “Os animais trazem alegria, paciência, tranquilidade para um lar. Eles são extremamente companheiros e sensíveis e nos oferece o que eles tem de melhor que é o amor”.
Na Apam, o número de adoções de cães e gatos cresceu muito em quase um ano. De acordo com a protetora de animais, 20 animais encontraram um novo lar no período de agosto do ano passado e julho deste ano. Enquanto que, nos anteriores, não passavam de três. “A percepção que eu tenho é que como as pessoas estão ficando mais em casa, elas estão repensando algumas coisas ou estão se sentindo mais sozinhas e com isto optaram pela adoção”.
A enfermeira Renata Ramos de Araújo, de 26 anos, é dona de três gatos, sendo dois adotados na associação e outro resgatado da rua. Ela acredita que os animais precisam de amor, carinho e proteção por isso decidiu adotá-los. Renata contou que os gatinhos são sua companhia quando o marido dela está viajando e considera os pets como membros da família.
“Já adotei um outro gatinho, mas não tinha tanto conhecimento e o perdi precoce. Quando ele faleceu falei para minha mãe, não vamos substitui-lo, mas temos tanto amor para dar que podemos dar este amor para outro animal e aí foi quando adotei outro, que está com a minha mãe". Renata fez mais duas adoções, dentre elas um gato adulto."Foi a melhor coisa que eu fiz, porque eles são muito carinhos".
Para conhecer os animais para adoção da Apam acesse o instagram @apammt.
Almoço solidário - A Apam realizará no dia 04 de setembro um almoço solidário com cardápio cuiabano, no valor de R$15, para ajudar na manutenção dos animais resgatados. "Ao final, os almoços que não forem retirados serão distribuídos para moradores de rua". Mais informações pelo telefone: (65) 9-9969 2067.
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