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02/09/2021 às 19:10

Médicos plantonistas estão com salários atrasados em até seis meses, diz presidente do Sindimed

Adeildo Lucena afirma que o sindicato entrou na Justiça para que haja um concurso público destinado a esses profissionais, que hoje trabalham pelo CNPJ

Angélica Callejas

Médicos plantonistas estão com salários atrasados em até seis meses, diz presidente do Sindimed

Foto: Reprodução/Instagram

O presidente do Sindicato dos Médicos de Mato Grosso (Sindimed-MT), Adeildo Lucena, denuncia que profissionais da saúde atuantes no Hospital São Benedito, no Hospital Municipal de Cuiabá (HMC,) e no antigo Pronto Socorro, hoje Hospital de Referência à covid-19, estão com pagamentos dos plantões atrasados em até seis meses.

Ele afirma que o atual cenário é bastante complicado, por se tratar de um problema que, inclusive, está sendo investigado pela Polícia Federal, através da Operação Curare. 

“Os médicos já entram com uma média de dois a três meses de atraso [do pagamento]. Como acontece isso? Acontece que a prefeitura tem três meses pra pagar. Tem entre aspas. Deveriam pagar em dia. E essas empresas que não tem lastro nenhum acabam fazendo o quê? Atrasando também o salário do médico”, disse em entrevista ao Leiagora.

Adeilton entende que a Empresa Cuiabana de Saúde “quarteiriza” a contratação dos médicos nesses hospitais através de outras empresas, como a Hipermed, que atuava no Hospital São Benedito, principal foco das queixas sobre atraso do pagamento.

As empresas, por sua vez, solicitam prestação de serviços desses profissionais de saúde pelo CNPJ, que Adeilton considera como um vínculo extremamente precário. “A maioria não tem contrato, os que eu conheço, não tem contrato”.

O presidente do sindicato relata que as firmas responsáveis por realizar o pagamento dos plantões simplesmente sumiram após deflagração da operação, e tem sido difícil cobrar um retorno deles sobre isso.

“Os encargos sociais, eles todos não estão sendo pagos, não estão sendo recolhidos. Nem pela empresa, a parte patronal, nem da parte do trabalhador. E no fim, o médico não tem direito a nada. Ele sai com uma mão na frente e outra atrás. E uma empresa como essa, que está com problema na Justiça, acaba que ela recebe o dinheiro e não tem uma dívida trabalhista. E como não tem contrato, fica até difícil cobrar”. 

Questionado sobre uma possível paralisação dos médicos, o presidente  do sindicado diz que até o momento, por parte deles, nenhuma mobilização está sendo feita.

Em 17 de março a juíza Celia Regina Vidotti, da Vara Especializada em Ação Civil Pública e Ação Popular, determinou que a Empresa Cuiabana de Saúde promovesse concurso público para contratação de médicos no Hospital São Benedito, com um prazo de 180 dias, que termina em 15 dias.

A assessoria da Secretaria de Saúde Municipal enviou a seguinte nota:

A Empresa Cuiabana de Saúde Pública – ECSP informa que atua pautada pela legalidade e que prepara edital para realização de concurso público.

 
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