Familiares e amigos da enfermeira Marina Pedroso Ardevino organizaram protesto na porta do Fórum de Cuiabá na tarde dessa quinta-feira (14) cobrando a Justiça por informações sobre o paradeiro da menina Isadora, de 8 anos, sequestrada pelo pai, o advogado João Vitor Almeida Praeiro Alves.
A menina foi passar o recesso escolar de 14 a 18 de julho com o pai, em Cuiabá, mas ele a levou para a cidade de Bauru (SP). Desde então, o acesso à criança é negado à mãe e não se sabe o paradeiro da menor. O pai contaria com a ajuda da mãe e avó (avó e bisavó paternas de Isadora) para ocultar o local onde a criança se encontra. Dois mandados de busca e apreensão já foram expedidos pelo Judiciário de Mato Grosso, em julho e agosto, e ainda assim a menina não voltou para casa.
“Ninguém pode fazer isso com uma criança! Ninguém pode fazer isso com uma mãe! Isso é, sim, um sequestro! Ele está fazendo exigências em juízo para entregar a criança. É uma conduta extorsiva”, comentou a advogada Ana Lúcia Ricarte.
A mãe da menina, Marina Ardevino, participou o protesto de forma virtual, pois ela foi até Bauru em busca de informações sobre o paradeiro da filha. Além de Isadora, ela tem um menino mais novo.
“Marina está tentando de tudo para trazer Isadora. Já faz meses que a gente tenta mobilizar a mídia, internet para que o caso tenha repercussão. Como diz a Dra. Ana Lúcia, a família paterna não respeita nada e nem ninguém e se acham acima da lei. São três meses que a não se sabe se ela está viva, se está bem. Como que uma criança retirada da mãe, do irmão, dos amigos pode estar bem? Ele (pai) prejudica a família e amigos e só se importa com ele”, comentou Diana, uma das melhores amigas da mãe de Isadora.
Aos prantos, a avó materna da criança, Wilma Porto Pedroso, cobrou justiça e o retorno da neta para casa.
“João Vitor é casado, tem uma filha, pra que isso meu Deus? Onde está a lei nesse Brasil? Minha filha está sofrendo, emagrecendo e não encontra a menina. Até quando vamos sofrer? Quando ela vai voltar? Que país é esse que estamos vivendo?”.
A Justiça de Mato Grosso marcou a audiência sobre o caso para 8 de novembro, em Cuiabá, O advogado teve recurso negado pelo Tribunal de Justiça para ouvir a menina em Bauru (SP).
No dia 28 de setembro, o juiz da 5ª Vara Especializada em Família e Sucessões de Cuiabá, Luís Fernando Voto Kirche determinou que a inclusão da menina Isadora, no Cadastro Nacional de Crianças e Adolescentes Desaparecidos e que a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) sejam comunicados sobre a decisão que decretou a busca e apreensão da criança, bem como solicitando auxílio para que o referido Mandado de Busca e Apreensão seja cumprido e coloque em seus dados de informações a proibição da menor de sair do país sem autorização judicial.
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