A Polícia Federal identificou pessoas residentes em Mato Grosso envolvidas num esquema de tráfico internacional de drogas a partir do Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas, interior de São Paulo. Na segunda-feira (25) foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão em Mato Grosso e dois em São Paulo na Operação Lavaggio 2.
A investigação é um desdobramento da Operação Overload e visa também identificar bens adquiridos com recursos obtidos por meio das atividades criminosas e os envolvidos que tenham autorizado o uso de seus nomes para a compra dos bens.
Nesta fase, o foco é um dos investigados e seus familiares residentes no Mato Grosso. “Esse envolvido utilizava a logística do Aeroporto Internacional de Viracopos para enviar remessas de grande quantidade de drogas para a Europa, já tendo identificado movimentações financeiras incompatíveis com a renda declarada, além da aquisição de joias, relógios e veículos de luxo, além de apartamentos, empreendimentos imobiliários em São Paulo e uma fazenda em Mato Grosso”.
Desdobramentos
Durante as investigações da Operação Overload, constatou-se a existência de uma organização criminosa voltada ao tráfico internacional de drogas, operando a partir do Aeroporto Internacional de Viracopos. No esquema, estava envolvidos empregados de empresas terceirizadas, de companhia aérea, integrantes das Forças de Segurança Pública e estrangeiros em solo europeu.
Na Operação Overload, 32 pessoas foram presas temporariamente, e foram apreendidos veículos e dinheiro no valor aproximado de 3 milhões reais.
Em 3 de dezembro de 2020, no primeiro desdobramento da operação Overload, a Polícia Federal deu cumprimento a sete mandados de prisão preventiva expedidos contra os investigados que compunham parte da organização criminosa, estando estes presos até a presente data.
No segundo desdobramento, em 10 de fevereiro de 2021, a Polícia Federal identificou na análise de material apreendido, ao menos, 20 atos de lavagem relacionadas a um dos principais investigados, contabilizando alienações de veículos e compras de imóveis (apartamentos, casas, chácaras), o que foi feito envolvendo familiares do investigado, cujas rendas eram incompatíveis com as transações, além de terceiros e pessoas jurídicas.
Na oportunidade, foram cumpridos 6 mandados de busca e apreensão e 7 ordens judiciais de bloqueio de imóveis (Campinas e Monte Mor), cujo valor aproximado ultrapassou 3 milhões de reais.
No terceiro desdobramento da operação, em julho deste ano, a Polícia Federal centrou seu trabalho em cumprir 18 mandados de prisão preventiva dos envolvidos e 2 mandados de busca e apreensão.
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