Célio Rodrigues, novo secretário de Saúde de Cuiabá
Foto: Assessoria
A Polícia Federal realiza na manhã desta quinta-feira (28) a operação Cupincha, segunda fase da Operação Curare, que investiga crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e desvio de recursos públicos destinados à saúde. O ex-secretário de Saúde de Cuiabá, Célio Rodrigues, foi preso pelos policiais.
A reportagem tenta localizar a defesa do ex-secretário.
Segundo a PF, ao todo serão cumpridos 13 mandados de busca e apreensão e nas cidades de Cuiabá e Curitiba, além de três prisões preventivas e de medidas de sequestro de bens, direitos e valores.
O empresário e advogado Paulo Jamur é outro alvo e foi preso em Curitiba (PRF). O terceiro alvo é um ex-vereador, que não teve o nome divulgado, mas é considerado foragido.
O nível de aproximação entre as atividades públicas e privadas dos investigados envolveu a aquisição de uma cervejaria artesanal, em que se associaram, de forma oculta. A cervejaria, em Cuiabá, é um dos alvos dos policiais. A mulher de Célio é sócia do local.
Como se apurou na primeira fase da Operação Curare, um grupo empresarial, que fornece serviços à Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá e que recebeu, entre os anos de 2019 e 2021, mais de R$ 100 milhões, manteve-se à frente dos serviços públicos.
O grupo recebia mediante o pagamento de vantagens indevidas, seja de forma direta ou por intermédio de empresas de consultoria, turismo ou até mesmo recém transformadas para o ramo da saúde.
A movimentação financeira também se dava nas contas bancárias de pessoas físicas, em geral vinculadas às empresas intermediárias, que se encarregavam de igualmente efetuar saques e emitir cheques, visando a dissimulação dos eventuais beneficiários.
Paralelamente, o grupo empresarial investigado na primeira fase da Operação Curare promovia supostas “quarteirizações” de contratos administrativos, que viriam a beneficiar, em última instância, o servidor responsável pelas contratações com a Secretaria Municipal de Saúde e Empresa Cuiabana de Saúde Pública, incluindo o pagamento de suas despesas pessoais.
As suspeitas tiveram início quando Célio sugeriu terceirizar os serviços do Centro de Distribuição de Medicamentos e Insumos de Cuiabá (CDMIC).
Prefeito afastado
A Justiça de Mato Grosso determinou, nesta quarta-feira (27), o afastamento por mais três meses de Emanuel Pinheiro (MDB) do cargo na prefeitura de Cuiabá. A decisão é do juiz Bruno D’Oliveira Marques, da Vara Especializada em Ação Civil Pública e Ação Popular.
A prorrogação atende a um pedido do Ministério Público de Mato Grosso (MPMT), para que o prefeito, afastado na Operação Capistrum, continue fora do cargo. Emanuel é investigado por improbidade administrativa na Secretaria Municipal de Saúde (SMS).
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