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Notícias / Judiciário

02/12/2021 às 18:45

Nova audiência de médica acusada de atropelar verdureiro é marcada para março de 2022

O marido da médica garantiu que ela não havia bebida e não teria visto acidente por estar dormindo, já as demais testemunhas ouvidas garantiram que a mulher estava embriagada

Angélica Callejas

Nova audiência de médica acusada de atropelar verdureiro é marcada para março de 2022

Foto: Divulgação

O juiz Flávio Miraglia Fernandes agendou a continuação da audiência de instrução da médica Letícia Bortoloni para o próximo ano, no dia 3 de março. Nesta quinta-feira (2) foram ouvidas as testemunhas de acusação e o marido da acusada, Arytoni de Alencar Menezes. 

Letícia foi denunciada pelo Ministério Público Estadual por homicídio doloso pelo atropelamento do verdureiro, Francisco Lúcio Maia, 48, em 14 de abril de 2018. Ela dirigia um Jeep Compass e fugiu do local, logo após atingir a vítima, na avenida Miguel Sutil, próximo ao banco Itaú. No carro, estavam a médica e o esposo, Arytoni de Alencar Menezes. Ela tinha acabado de sair de uma festa e foi acusada de estar embriagada. 

Participaram da sessão nesta quinta-feira (2) a filha do verdureiro, Francisca Lúcio da Silva, o marido Arytoni Menezes, o soldado da PM Rafael de Souza Cardoso, e a testemunha que presenciou o atropelamento, Bruno Duarte Pereira Lins.

A filha foi a primeira a ser ouvida e pediu por justiça. Ela contou que foi avisada do acidente e ao chegar no local encontrou o pai morto. Depois na delegacia, disse ter encontrado com a médica que apresentava sinais de embriaguez. 

Já o marido da médica fez questão de reforçar que a esposa não havia bebido no evento e tratou de justificar uma foto em que ela aparece com um copo de cerveja vazio, alegando que se tratava de uma ação da cervejaria, e a bebida era para ele. Arytoni contou ainda que não viu o acidente, porque estaria dormindo no banco de passageiro no momento do atropelamento. 

O soldado da PM, Rafael de Souza Cardoso, por sua vez, reiterou que, na data do acontecido, percebeu sinais de embriaguez na acusada, como vermelhidão nos olhos, falas desconexas e alteração psicomotora. O PM também confirmou que a acusada se recusou a fazer o teste de bafômetro e de sangue.

Rafael ainda acrescentou que, na delegacia, ao descobrir que o marido de Letícia também era médico, orientou que ele fosse conduzido por omissão de socorro, mas Arytoni já teria saído da delegacia.

A última oitiva da audiência foi de Bruno Lins, testemunha do fato. O mototaxista lembra que tentava ajudar Francisco com o carrinho de verduras no momento em que ele foi atropelado. Bruno disse se recordar do barulho alto da colisão e, quando olhou para trás, não viu mais Francisco.

Após o atropelamento, a testemunha olhou ao redor e enxergou o corpo do verdureiro perto de uma árvore, já sem vida. Bruno então subiu em sua moto e seguiu o carro de Letícia, enquanto tentava ligar para o 190. Porém, só conseguiu uma viatura quando estava em frente ao condomínio da acusada, no Jardim Itália.

Bruno conta que na delegacia ele visualizou Letícia, que parecia embriagada e estaria com a aparência bagunçada. 
Cautelares

O advogado de defesa da médica chegou a solicitar ao juiz da audiência que revogasse as cautelares, porém, as medidas foram determinadas pelo Tribunal de Justiça e ele não teria competência para atender o pedido. Com isso, ela segue impedida de frequentar bares e beber.
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