Os dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) apontam que Mato Grosso vai se beneficiar com aumento de 12% na produção de grãos na safra 2021/2022, levando em conta caroço de algodão, amendoim (1ª e 2ª safras), arroz, aveia, canola, centeio, cevada, feijão (1ª, 2ª e 3ª safras), gergelim, girassol, mamona, milho (1ª, 2ª e 3ª safras), soja, sorgo, trigo e triticale.
A produtividade deve ficar em 6,5% acima da safra passada com a colheita de 4,3 toneladas por hectare em 18,8 milhões de hectares. Houve aumento de 5,3% da área plantada.
Em relação à soja, principal commoditie do Estado, conforme a Conab a cultura tem se beneficiado das condições climáticas ocorridas desde o início do período de semeadura e se mantido de forma uniforme, distribuída e generalizada. Este cenário deverá impulsionar o rendimento médio das lavouras.
Com a semeadura encerrada e o plantio dos 15% remanescentes da cultura em novembro, a cultura segue com bom desenvolvimento, e as lavouras se encontram em excelente estado fenológico, com predominância dos estádios de desenvolvimento vegetativo e floração, que perfazem, conjuntamente, 82,5% da área estadual.
O levantamento da Conab aponta também que a produtividade média deverá superar à registrada na safra anterior. Espera-se grande concentração de colheita em janeiro, tendo em vista que não houve atraso na semeadura, havendo possibilidade de colheitas iniciais já no final de dezembro.
Alguns produtores estão com estoques baixos de insumos específicos para alguns formulados de fertilizantes e defensivos, ocasionados pela baixa oferta no mercado, havendo, ocasionalmente, a migração para produtos substitutos, não tradicionais, porém tal situação não deverá, a princípio, ocasionar prejuízos à produção estadual da oleaginosa.
No país, a safra nacional de grãos pode chegar a 291,1 milhões de toneladas na temporada 2021/22. Caso se confirme a previsão, o volume a ser colhido será superior em 38,3 milhões de toneladas, se comparado com o ciclo anterior, o que representa um incremento de 15,1%.
Soja e milho seguem como os dois principais produtos que puxam o bom resultado. Para a oleaginosa é esperada uma ampliação de 3,7% na área a ser semeada, chegando a 40,3 milhões de hectares. A produtividade tende a se manter próxima à obtida na safra anterior, estimada atualmente em 3.539 kg/ha. Com isso, é esperada uma colheita de 142,8 milhões de toneladas, desempenho que mantém o país como o maior produtor mundial de soja.
No caso do milho, a expectativa de crescimento é de 34,6% na produção total, com um volume previsto em 117,2 milhões de toneladas. O alto percentual reflete a recuperação nas produtividades, principalmente da segunda safra do cereal, que foi impactada negativamente no ciclo 2020/21 pelas adversidades climáticas registradas.
