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15/12/2021 às 11:05

Diretoria do Museu de Arte Sacra responde por processo de assédio moral

Prazo de comissão especial da Secel venceu e denunciantes aguardam relatório final

Priscila Mendes

Diretoria do Museu de Arte Sacra responde por processo de assédio moral

Foto: João Felipe/Secel-MT

Funcionários e ex-funcionários do Museu de Arte Sacra aguardam resultado das denúncias de assédio moral registradas contra a diretoria da instituição, gerida pela Associação dos Produtores Culturais de Mato Grosso, organização social conveniada com a Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer de Mato Grosso (Secel/MT). A Secel instaurou, em 22 de junho, uma comissão especial para apurá-las, cujo prazo da prorrogação terminou no último dia 4.

A secretaria, procurada pelo Leiagora, informou que “a Comissão Especial para apurar as ocorrências no Museu de Arte Sacra prevê que o processo tramite em sigilo, justamente por causa das questões envolvidas. Por enquanto, até sair o resultado final, não podemos nos posicionar”.

A diretoria do museu, também procurada, disse que foi orientada por advogado a não se manifestar até a publicação do relatório final. Os nomes foram omitidos para respeitar a condição sigilosa da apuração.

A Portaria nº 93/GAB/SECEL/2021, que “institui Comissão Especial para apurar o cumprimento do Termo de Colaboração nº 1393/2018/SEC”, é escrita de maneira genérica, determinando a instauração de “procedimento administrativo para apurar ocorrências sucedidas no Museu de Arte Sacra, nos limites das competências administrativas da Secel/MT”.

No entanto, uma pessoa que trabalhou na unidade confirmou que o caso é de assédio moral. “Eu fui vítima também, passei por situações de assédio moral, não só eu, mas quase todos os funcionários”, declarou ao Leiagora, registrando que isso aconteceu com mais de 10 pessoas.

Essa pessoa, assim como outros, pediu demissão pela dificuldade em trabalhar no local. Segundo as informações, o procedimento era de metas inatingíveis e abuso psicológico. “A pressão que era estabelecida para cumprimento de metas de trabalho era muito cansativa”, completa a entrevistada. “Eu cheguei em um ponto, na terapia, que minha psicóloga me orientou a não continuar no trabalho”, confessa.

A comissão de apuração, instituída após duas denúncias anônimas, está colhendo depoimentos para emitir relatório final. A fonte se disse mais aliviada com o caso, por perceber que a averiguação está caminhando. “Vários ex-funcionários já foram intimidados e já deram o depoimento na Secretaria do Estado”, registra.

A associação que gere o museu conquistou o primeiro convênio em fevereiro de 2008 e o contrato em vigor é Termo de Colaboração nº 1393/2018/SEC.

Nota de Posicionamento

Na manhã de quinta-feira (16), a diretoria do Museu de Arte Sacra se posicionou oficialmente. Confira, na íntegra:

Sobre as denúncias contra a chefia do Museu de Arte Sacra de Mato Grosso, por supostos atos de assédio moral durante o expediente de trabalho, a direção do Museu de Arte Sacra de Mato Grosso esclarece que está ciente da Comissão Especial, que foi montada pela Secretaria de Estado, Cultura e Lazer (Secel/MT), com objetivo de apurar ocorrências, mas que não pode se pronunciar sobre o caso, pois o processo tramita em sigilo. A direção também afirma que está à disposição da Comissão Especial para eventuais esclarecimentos.

Atualizada em 16/12/2021, às 9h40.
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1 comentário

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  • NELMA DE CASSIA DA SILVA CAMPOS RAMOS 15/12/2021 às 00:00

    Eu sou testemunha dessas atrocidades que a então gestora do Museu, fez com vários colaboradores, eu sou mãe de uma delas, testemunho e aconselhei a minha filha a pedir desligamento, só que ela não está entre nós, mas posso e devo falar por ela. Precisa fazer justiça na lei dos homens e na lei de Deus.

 
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