A tragédia registrada em Capitólio, Minas Gerais, no final de semana passado reforçou a importância de se visitar pontos turísticos acompanhados de guias ou condutores profissionais. Apesar de Mato Grosso não ter pontos que apresentem risco dessa natureza, a presidente do Sindicato dos Guias de Turismo de Mato Grosso (Singtur), Susy Miranda, reforça que os guias e condutores são profissionais preparados e podem prever alguma acidente natural.
“A minha orientação aos visitantes, tanto para aqueles que já radicam no estado como para os próprios moradores, é que contrate um profissional, não espere acontecer o pior para poder remediar. Tem muitos lugares que a gente pode pensar que não haverá nada, mais cada dia é diferente do outro, os profissionais são preparados e estudam para isso e podem evitar uma fatalidade. Os guias e condutores credenciaidos podem tornar o passeio muito mais seguro e atrativo. O barato pode sair caro”, alerta, em entrevista ao Leiagora.
A guia Nataly Linhares, que atua no Parque Chapada dos Guimarães, reforça as declarações da presidente do sindicato. “O guia está preparado para as situações. Explicamos os riscos, é importante porque sabe onde é perigoso e onde não é, e o que pode acontecer, além da experiência do passeio”, completa.
O secretária-adjunto de Turismo do Estado também recomenda a exploração dos pontos turísticos do estado sob acompanhamento. ”Eles conseguem ler a natureza, desde uma folha que cai diferente, até deslizamentos e correntes de água. Eles conseguem ver e antecipar, por isso a importância do guia ou um condutor local”, reforça Jefferson Moreno.
Segundo o gestor, os pontos turísticos que requerem maior cuidado e atenção no estado são localizados em Chapada dos Guimarães. Como exemplo, ele cita o Portão do Inferno. “O Portão do Infenso já caiu, já foi registrado pequenos desmoronamentos, mas não demonstra grandes riscos como aconteceu em Minas Gerais com o Capitólio”, disse.
Diante disso, o ministro Gilson Machado Neto convocou todos os secretários de turismo brasileiros para uma reunião. O governo de Mato Grosso fará uma lista de pontos turísticos que possam oferecer riscos a visitantes.
Para a guia de turismo Géssica Feliz Campos, essa fatalidade poderia ser evitada se os turistas estivessem acompanhados de um profissional qualificado da área.
“Um guia de turismo treinado, ele sabe os sinais da natureza. Um exemplo claro é o Capitólio. No meu ponto de vista, quando deu a tromba d’água, eu já teria saído do local. Quando ela vem, é propício ter desabamentos, e acaba sendo uma certa irresponsabilidade continuar com os turistas ali no meio. Desta forma, eu digo que a contratação de um guia é indispensável”, completou.
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