O preço médio da carne bovina mato-grossense registrou valorização no mercado internacional em 2021 e isso possibilitou que o faturamento das exportações alcançasse o novo recorde histórico: US$ 1,72 bilhão. Isso, mesmo com as dificuldades ocorridas com a redução de compras por um player do mercado.
O volume total de carne bovina em equivalente carcaça embarcado foi de 368,7 mil toneladas. O número representa uma diminuição no comparativo com 2020, quando foram totalizadas 442,29 mil. Ainda assim, os preços pagos foram mais atrativos.
Os dados são do boletim do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), divulgado nesta semana. Dentre os exportadores, Cuba liderou o ranking dos países que pagaram mais caro pela carne bovina do Estado, no fechamento de 2021.
O país cubano se destacou por pagar a média de US$ 6,94/kg no ano passado. Em seguida, esteve a Alemanha, com a média de US$ 5,91/kg. Esses valores são, respectivamente, US$ 3,04 e US$ 2,01 superiores ao valor médio do quilo exportado por Mato Grosso.
Já a China, principal destino da carne mato-grossense e que vinha pagando valores também altos, não ficou entre os 10 primeiros colocados. Isso devido à suspensão temporária das exportações no último trimestre, que pressionou as cotações, segundo o Imea.
O gerente de Relações Institucionais da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Nilton Mesquita, explica que nos últimos anos o Brasil se tornou o maior exportador de carne do mundo e os dados de faturamento refletem isso – e a previsão é de maior crescimento.
“Ainda temos muitos mercados a serem abertos e oportunidades de vender o produto carne para o mundo todo. O Brasil, nos próximos anos, deve pleitear a abertura de mercados mais restritivos e de maior valor agregado”, disse.
Acrimat