Depois de sete fugas de presos em cadeias e penitenciárias somente em 2022, a Controladoria Geral do Estado de Mato Grosso (CGE) apura se houve facilitação nos episódios por parte de policiais penais.
Os policiais penais, por meio de sindicato, negam tal suspeita e denunciam que há um problema sério de estrutura e condições precárias nas unidades. (Veja a versão deles ao final da matéria).
A CGE informou que foi notificada pela Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) sobre indícios de "descumprimento de atribuições funcionais essenciais" (que não podem ser interrompidas) por policiais penais durante o recente movimento grevista.
“A CGE-MT está coletando informações para subsidiar a instauração de procedimentos de responsabilização, caso haja materialidade, e tipificação administrativa dos fatos e atos apurados preliminarmente”, informou a pasta, em nota, ao Leiagora.
Disse também que somente durante a instrução do processo de apuração e responsabilização de condutas funcionais será possível concluir se houve ou não facilitação de fuga de presos em decorrência de movimento grevista.
O que dizem os policiais penais
A categoria dos policiais penais, por meio do Sindicato dos Policiais Penais de Mato Grosso (Sindspen), justificou que a superlotação, falta de manutenção e estruturas inadequadas encontradas nas unidades prisionais do estado são as maiores responsáveis pelas recentes fugas.
Afirmou, ainda, que algumas das unidades abrigam o dobro de detentos que a unidade comporta, e a falta de investimento na estrutura dos presídios dificulta o trabalho dos servidores.
A Polícia Civil apura as fugas ocorridas e abriu inquéritos. Em relação à fuga ocorrida em Nobres, o delegado Luis Felipe Leoni instaurou um auto de investigação preliminar para apuração dos fatos.
Sobre a fuga ocorrida na Penitenciária Regional em Água Boa, tem um inquérito instaurado e informações e oitivas estão sendo coletadas para apurar as circunstâncias e possíveis responsabilidades pela fuga de 14 presos.
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