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31/01/2022 às 14:40

Cuiabá é a primeira cidade do país a atingir 100 MW em geração de energia solar

Fatores como alto custo na tarifa de energia e o grande consumo de energia elétrica são determinantes para a Capital ter atingido a meta histórica

Paulo Henrique Fanaia

Cuiabá é a primeira cidade do país a atingir 100 MW em geração de energia solar

Foto: José Cruz/Agência Brasil

Cuiabá é a primeira cidade do Brasil a atingir a marca de 100 MW (megawatts) de potência solar instalada, ou seja, energia produzida a partir de placas solares em residências de pequeno e médio porte.

De acordo com dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), Mato Grosso atingiu 38.035 conexões operacionais de energia solar em telhados e pequenos terrenos espalhados por 141 municípios. Tal feito coloca o estado em quarto lugar no ranking das maiores potências instaladas de energia solar na geração própria.
 
Atualmente, Minas Gerais está em primeiro lugar com 1.461,1MW, seguida de São Paulo com 1.068,9 MW e Rio Grande do Sul com um total de 1.001,2 MW. Mato Grosso conta com 39.795 consumidores de energia fotovoltaica com uma geração de energia de 594,8 MW.
 
Segundo o presidente do Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica e Gás de Mato Grosso (Sindenergia-MT) e coordenador regional da Absolar, Tiago Vianna, existem muitos fatores que explicam porque Cuiabá conseguiu alcançar o primeiro lugar no ranking. O primeiro deles é o alto valor da tarifa de energia elétrica cobrada em Mato Grosso.
 
“Por que que a energia em São Paulo é barata? É porque lá tem redes elétricas, as linhas, jogam tudo pronto para o consumidor. Então o custo da concessionária para entregar essa energia é mais barato”, diz Tiago Vianna, em entrevista ao Leiagora.
 
Outro fator são as temperaturas elevadas, o que aumenta o consumo de energia elétrica na Capital, gerando assim uma despesa ainda maior para o cidadão.

Em 2022, em torno de 40% das placas solares instaladas em Cuiabá estão na área rural. Os outros 60% estão localizados na área urbana, em casas e comércios.
 
Embora o custo para instalação seja um pouco elevado, variando na média de R$ 50 mil, Tiago Vianna assegura que em três anos o consumidor já vai ter um retorno financeiro. “Aquela família ou aquele negócio que gasta, por exemplo R$ 1 mil por mês de energia, mas aí ele faz um financiamento para instalar a energia, ele muda seu fluxo de caixa dele. Ele para de pagar esses mil reais de conta de energia e começa a pagar mil reais de parcela daquele financiamento. Ou seja, as pessoas estão trocando conta de luz por parcelas de financiamento”, conta o presidente do Sindenergia.
 
A associação diz que desde 2012 a geração própria de energia solar já proporcionou a Mato Grosso a atração de mais de R$ 2,6 bilhões em investimentos, geração de mais de 16,4 mil empregos e a arrecadação de mais de R$ 674,9 milhões aos cofres públicos. O estado responde sozinho por 7,5% de todo o parque brasileiro de energia solar distribuída.
 
A expectativa é que a procura pela energia solar fotovoltaica aumente cada vez mais. Devido à alta incidência solar, Cuiabá é uma cidade propícia para a utilização da energia alternativa e mais segura ao meio ambiente.
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