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Notícias / Polícia

01/02/2022 às 08:45

Força-tarefa ouve depoimentos de 100 pessoas sobre fuga de 14 presos

Fuga em massa ocorreu no dia 3 de janeiro em Água Boa

Denise Soares

Força-tarefa ouve depoimentos de 100 pessoas sobre fuga de 14 presos

Foto: Assessoria

A Polícia Civil realiza uma força-tarefa especial nesta semana para ouvir cerca de 100 depoimentos na apuração sobre as circunstâncias da fuga de 14 presos da Penitenciária Regional Major Zuzi, ocorrida no dia 3 de janeiro, em Água Boa.

Os depoimentos iniciaram nessa segunda-feira (31).

Na ocasião, os presos estavam no banho de sol quando houve um início de motim. Foi dada ordem de recolhimento para as celas, mas não foi obedecida pelos presos.

Um preso foi atingido por tiro de borracha na perna e encaminhado para atendimento médico no Hospital Regional da Água Boa.

Até o momento, seis dos fugitivos foram recapturados, um morreu em confronto com a Força Tática da PM e sete seguem foragidos.

O inquérito policial comandado pelo delegado regional, Valmon Pereira da Silva, foi aberto pela Delegacia de Água Boa, sendo montada a força-tarefa especial para coletar aproximadamente 100 depoimentos de policiais penais e de outras pessoas que estavam no local no momento dos fatos.

Os depoimentos contam com apoio do delegado de Ribeirão Cascalheira, Sérgio Almeida, e de outros servidores da Regional.

Após a coleta dos depoimentos, os procedimentos serão encaminhados à Delegacia de Água Boa e serão juntados ao inquérito.

'Ridículas'


Na semana passada, o governador Mauro Mendes (DEM) classificou como “rídiculas” algumas das fugas ocorridas das penitenciárias em Mato Grosso e cita suspeita do túnel cavado em Água Boa.

“O governo está apurando, a secretaria está apurando, porque não é comum. Fazia tempo que a gente não ouvia falar em fugas aqui. Agora, no meio de uma greve, têm fugas aí no mínimo ridículas! Aquilo que aconteceu em Água Boa, houve uma falha grave ou omissão. Então isso tem que ser apurado”, avaliou Mauro.

CGE investiga

Depois de sete fugas de presos em cadeias e penitenciárias somente em 2022, a Controladoria Geral do Estado de Mato Grosso (CGE) apura se houve facilitação nos episódios por parte de policiais penais.

Os policiais penais, por meio de sindicato, negam tal suspeita e denunciam que há um problema sério de estrutura e condições precárias nas unidades.

A CGE informou que foi notificada pela Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) sobre indícios de "descumprimento de atribuições funcionais essenciais" (que não podem ser interrompidas) por policiais penais durante o recente movimento grevista.

Fugas

Mato Grosso registrou 7 fugas com 26 fugitivos e seis recapturados no mês de janeiro. Elas ocorreram em Água Boa, Várzea Grande, Sorriso e, a mais recente, no dia 19, foi em Nobres.
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1 comentário

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  • CIDADÃO INDIGNADO 01/02/2022 às 00:00

    Cadeias todas lotadas e essa CGE quer lotar mais ainda as cadeias. Deveriam é responsabilizar o Secretário da pasta e o Secretário Adjunto da pasta, é flagrante o abuso estatal e ilegalidade cometido por esses dois, por descumprimento da LEP e direitos as garantias constitucionais a dignidade da pessoa humana. Eles lotam as cadeias desta forma torturando os segregados. E o servidor ao se negar ainda são responsabilizados por isso.

 
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