Cuiabá, quarta-feira, 15/05/2024
09:50:26
informe o texto

Notícias / Política

10/02/2022 às 07:30

Faissal propõe criação de Câmara Setorial para barrar cobrança de novos pedágios em MT

Para o parlamentar, o que ocorre atualmente é uma “atrocidade”

Da Redação - Kamila Arruda / Da Reportagem Local - Paulo Henrique Fanaia

Faissal propõe criação de Câmara Setorial para barrar cobrança de novos pedágios em MT

Foto: AL-MT

A fim de evitar a concessão de novas rodovias estaduais e a consequente implantação de novos parques de pedágio em Mato Grosso, o deputado estadual Faissal Calil (PV) propôs a criação de uma Câmara Setorial Temática na Assembleia Legislativa para discutir o tema.

Para o parlamentar, o que ocorre atualmente é uma “atrocidade”, uma vez que o pedágio vem sendo cobrado sem que as empresas responsáveis pela concessão façam os investimentos necessários.

O requerimento foi apresentado pelo parlamentar durante sessão ordinária dessa quarta-feira (9). “Nós queremos criar uma Câmara Setorial Temática para discutir essas questões dos pedágios nas nossas rodovias. A Câmara tem a permissão que atuem pessoas da sociedade civil, como o Sindicato dos Transportadores, a Cooperativa dos Trabalhadores dos Motoristas. O que nós queremos é que não continuem fazendo essa atrocidade contra a população. Hoje em dia os pedágios estão sendo instalados sem que as empresas invistam um centavo nas rodovias. A primeira coisa que elas fazem é começar a cobrar. Fazem as praças de pedágios, começam a cobrar e somente depois vem os investimentos”, reclamou.

No entendimento de Faissal, o Governo do Estado virou as costas para a população ao fazer a concessão das rodovias estaduais, uma vez que as empresas contratadas não estão fazendo os investimentos necessários e não há nenhuma cobrança mais contundente por parte do Executivo.

"A minha maior indignação é que esse governo recebeu outorga fixa. Quando você faz a concessão, bota o dinheiro no bolso, abastece bem os cofres públicos e vira as costas para a população, porque não fez nada. Colocou o dinheiro no bolso e não fez nada", criticou.

Como exemplo, ele cita a MT-320 no município de Alta Floresta. “Esse trecho de Alta Floresta, a MT-320, recebeu só de outorga fixa mais de R$ 10 milhões, fora as outorgas variáveis. E qual foi a contrapartida disso? A gente faz requerimentos para Sinfra, tem gente morrendo devido à falta de sinalização, fata de rotatória e o que eles fazem? Nada, nenhuma resposta. Tem requerimentos desde novembro, e isso vem causando uma grande indignação. Já me reuni com o Ministério Público, já fui atrás do Tribunal de Contas, da Ager e o que nós estamos criando agora é uma câmara setorial temática”, disse citando ainda os reajustes anuais que os contratos de concessão sofrem.

“Todos os anos têm reajuste com índices bem pomposos e quem sofre somos nos. Isso e uma nova forma de tributar a população [...]. Nós não podemos deixar novas concessões desse tipo ocorrerem no estado de Mato Grosso”, completou.

Diante disso, o deputado afirma que também tem estudado outras medidas jurídicas a fim de proibir novas concessões em Mato Grosso. “Fora isso, estou estudando novos mecanismos legais para proibir novas concessões no estado. Porque senão, daqui a pouco você vai daqui até rosário, Acorizal, e você vai ter que pagar”, pontuou.
Clique aqui, entre na comunidade de WhatsApp do Leiagora e receba notícias em tempo real.

Siga-nos no Twitter e acompanhe as notícias em primeira mão.


 

0 comentários

AVISO: Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do site. É vetada a inserção de comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros. O site poderá retirar, sem prévia notificação, comentários postados que não respeitem os critérios impostos neste aviso ou que estejam fora do tema da matéria comentada.

 
Sitevip Internet