Após quase dois meses, o Sindicato dos Policiais Penais de Mato Grosso (Sindspen-MT) decidiu pela finalização da greve da categoria. A decisão foi tomada na tarde desta sexta-feira (11) durante Assembleia Geral. O fim do movimento foi uma condicionante do governo do Estado para dar continuidade às negociações.
A greve teve início no dia 16 de dezembro e suspensa desde o dia 5 de janeiro de 2022. A classe pleiteia a valorização salarial dos últimos 10 anos, além do plano gradativo de valorização dos servidores.
Várias decisões judiciais determinaram que a classe retornasse as atividades normais, mas não foram respeitadas. O Tribunal de Justiça, inclusive, chegou a determinar o bloqueio de bens do Sindicato dos Servidores Penitenciários de Mato Grosso (Sindspen-MT) e dos dirigentes do sindicato, uma vez que a greve já havia sido declarada ilegal.
"As negociações das nossas pautas seguem em aberto com o executivo estadual. Não há nada definido. Teremos uma nova rodada de negociação com o secretário-chefe da Casa Civil, Mauro Carvalho, no dia 8 de março. A única coisa certa é que vamos lutar até o fim pela nossa valorização e pela aceitação das nossas reivindicações", explica o presidente do Sindspen-MT, Amaury Neves.
Neves reforça que as solicitações da categoria são justas e corrigem o equívoco de gestões passadas, quando outras categorias da segurança pública receberam reajustes enquanto os policiais penais não foram beneficiados.
“Somos cerca de 2,8 mil servidores que ajudam a manter a ordem e a segurança da sociedade em Mato Grosso, lotados em 46 unidades prisionais, tomando conta e evitando que reeducandos continuem a cometer crimes no lado de dentro e de fora dos muros. Contamos com apoio da Ordem dos Advogados do Brasil seccional Mato Grosso (OAB-MT), e de boa parte dos deputados estaduais. Isso nos fortalece e dá respaldo às nossas solicitações", finalizou.
(Com assessoria)