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Notícias / Política

12/02/2022 às 17:01

Vereadora argumenta que federação pode rebaixar programa do PT

Ao buscar setores como o agronegócio que foi contra o partido, sigla corre risco de ser domesticada em busca de governabilidade

Débora Siqueira

Vereadora argumenta que federação pode rebaixar programa do PT

Foto: Câmara de Cuiabá

A vereadora por Cuiabá Edna Sampaio (PT) afirmou que o partido corre o risco de rebaixar o programa de governo se cometer na formação da federação os mesmos erros ocorridos em coligações, no passado.

Nas eleições de 2018, a sigla apoiou Wellington Fagundes (PL) ao Governo do Estado. Contudo, hoje o senador é o principal aliado do presidente Bolsonaro em Mato Grosso. Além disso, o PT esteve na coligação que ajudou a eleger o deputado federal José Medeiros (PODE), também bolsonarista e de oposição à esquerda.

Já nas atuais articulações nacionais, em Mato Grosso não teria sentido a federação. O PSB compõe a base do governador Mauro Mendes (DEM), e com o PV, o PT não tem proximidade no Estado.

Outra preocupação é o diálogo do PT com setores como o agronegócio. Em janeiro, o ex-presidente Lula convidou alguns empresários do agronegócio para diálogo. Para ela, o setor foi frontalmente contra o partido e colaborou com a ascensão do governo Bolsonaro. “Quanto vai custar o apoio desta gente à eleição do Lula?”, questiona.

A parlamentar diz ser favorável à ideia da federação partidária, pois ela é baseada em um compromisso programático. Além disso, leva os partidos a se comprometerem com a governabilidade e compartilharem a responsabilidade.

“Não é pelos votos, nem por Lula depender da federação para se eleger, mas sim porque ele precisa de maioria no Congresso. Também porque custaria muito menos para o país se o PT fizesse uma federação com compromisso, com programa de governo, do que ficar negociando ‘a retalho’ com um congresso que não sabemos como será”, disse.

Na opinião dela, eleger Lula será a parte mais fácil da missão do partido. Difícil será governar para a classe trabalhadora.

“A federação pode custar um rebaixamento do programa do partido, uma domesticação do PT, pois as elites do país temem o PT mais do que temem o Lula, uma vez que o partido é uma organização perene, que tem capilaridade, militância".

Ela diz ainda que federação não pode ser lida apenas da perspectiva eleitoreira.
"Não podemos permitir que os demais partidos interditem o PT em sua agenda política. Se isso não está claro para nós, então, a federação é temerária”.
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