O vice-prefeito de Cuiabá, José Roberto Stopa (PV), não descarta a possibilidade de deixar o PV, após anos no partido, em decorrência de uma possível federação com siglas como o PT. A crítica nem é com relação à proximidade com a esquerda, mas sim às consequências da federação, que tem validade de quatro anos e impacta, inclusive, as eleições de 2024.
“Tenho me posicionado contra a federação. Já deixei isso claro, e falei para o partido. Pretendo até o final de fevereiro aprofundar nessa discussão para a partir daí me organizar ou me conter”, afirmou.
Stopa disse que não gostaria de trocar de partido, mas pontuou que a federação restringe a liberdade dos estados e faz com que os diretórios regionais e municipais percam a autonomia no debate. “Sou apaixonado pelo PV, foi aqui que coisas boas aconteceram na minha vida, mas tem uma série de discussão que tem que ser feita. E não acredito que isso seja o melhor caminho para democracia ou para qualquer partido”, argumentou.
O vice-prefeito adiantou também que caso ocorra a federação um grupo ligado a ele pode deixar a legenda e o partido no estado será prejudicado. Atualmente, além de Stopa, a sigla conta com três vereadores por Cuiabá e dois deputados estaduais no estado.
“Embora tenha que respeitar. É uma decisão nacional, eu sou contrário e não tenho dúvida que irá prejudicar o partido em Mato Grosso”, avaliou.