Depoimentos de duas testemunhas do homicídio do empresário Toni Flor, entre eles o delegado Marcel Oliveira, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), indicam que uma policial da DHPP teria recebido R$ 4,5 mil em propina para passar informações da investigação à suposta mandante do crime, Ana Cláudia Flor.
Em audiência de instrução realizada nessa terça-feira (22), a autoridade policial revelou que a informação foi obtida através de interceptações telefônicas, nas quais a acusada afirmou ter pago a uma “menina” que trabalhava na delegacia para saber sobre as investigações.
A irmã da vítima, Viviane Aparecida Silva Flor, detalhou que um ano e um dia após o homicídio de Toni, Ana Claudia Flor ligou para a sogra e, desesperada, pediu para conversar com Viviane. Durante a ligação, a acusada perguntou se estava no viva-voz, recebendo a negativa, falou que iria contar algo, mas que se Viviane falasse para alguém, ela diria que era mentira.
Ana Claudia Flor então revelou que pagou R$ 4,5 mil para um policial da DHPP. Segundo Viviane, a cunhada disse que havia recebido informação de uma policial que Igor sairia pela porta da frente, porque ele não confessou ter matado Toni. “Está preso por ter rompido a tornozeleira eletrônica”, afirmou Ana Flor durante a ligação.
Viviane disse que ficou perplexa com a informação e chegou a pedir o nome do policial para denunciar à corregedoria, pois acreditava que a cunhada estava sendo vítima de extorsão.
A audiência do caso terá continuidade nesta quarta-feira (23), chegando ao terceiro dia, quando oito testemunhas da defesa de Dieliton Mota da Silva e Igor Espinosa serão ouvidas.