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Notícias / Judiciário

24/02/2022 às 18:45

Assassino de Toni Flor diz ter sido ameaçado por delegado e que viúva teria tentado matá-lo

As revelações ocorreram durante depoimento prestado na 12ª Vara Criminal de Cuiabá

Kamila Arruda e Angélica Callejas

Assassino de Toni Flor diz ter sido ameaçado por delegado e que viúva teria tentado matá-lo

Foto: Reprodução

Em depoimento prestado junto à 12ª Vara Criminal de Cuiabá, Igor Espinosa, autor dos disparos que mataram o empresário Toni Flor em agosto de 2020, revelou que a esposa da vítima tentou matá-lo e ainda teria sido ameaçado pelo delegado Marcel de Oliveira quando prestou depoimento na Delegacia de Homicídios Proteção à Pessoa (DHPP), ainda na fase de inquérito. Igor afirma que já havia narrado todos os fatos para a autoridade policial, que não ficou satisfeito, e disse que ele não estava colaborando.

“O delegado falou: "você vai colaborar ou não vai colaborar?" Eu falei que não sabia de mais nada e ele falou: "rapaz, vou acabar com sua vida”, contou o acusado, que está preso na Penitenciária Central do Estado (PCE).

Segundo Espinosa, diante disso, o delegado teria acrescentado falsas informações em seu depoimento. O acusado garante que em nenhum momento disse que o acusado Dieliton Mota da Silva penhorou a sua moto para comprar a arma de fogo usada para executar o crime. “Não teve moto. O Maquê [Dieliton] já tinha arma", disse.

Além disso, ele relata que não planejou o crime. De acordo com Espinosa, ele foi contratado pela viúva de Toni Flor apenas um dia antes de sua morte. “Nunca fui em dias anteriores para estudar nada não”, garantiu, afirmando que só aceitou o “serviço” porque Ana Flor alegou estar sendo agredida pelo esposo.

Ele ainda afirma que estava sob efeito de drogas no dia do crime, uma vez que é usuário desde os 14 anos. Além disso, também estava com dívidas na boca de fumo. “Quando fui procurado, a motivação seria porque ela apanhava. Ela me enviou foto, falou que queria separação, porque ela [Ana Flor] amava as filhas, e ele [Toni Flor] falava que ia matar ela".

Espinosa informou que a possível mandante do assassinato contou a ele que, quando o casal estava separado, Toni entrou na casa dela armado, quando todos estavam dormindo, e tirou uma foto com a arma no rosto de Ana. Após isso, ele enviou a imagem pelo WhatsApp, e escreveu que se quisesse, a teria matado naquele momento.

O acusado ainda revelou que todo o crime foi arquitetado por meio de aplicativo de mensagem, e que só encontrou com Ana Flor depois de matar o empresário. Além disso, também revelou que pouco antes de executar o crime, estaria conversando com ela pelo WhatsApp e externou medo de apanhar, por ser uma academia de luta. 

“Recebi R$ 20 mil depois, mas o combinado era R$ 60 mil. Quando ele morreu, ele não morreu no mesmo dia, morreu no outro dia. Mas, no mesmo dia à noite, eu encontrei com ela [Ana Cláudia] na praça perto da casa dela, peguei o dinheiro e ela falou "some. Fica de boa, que eu seguro aqui". Peguei esse R$ 20 mil e fui para o Rio de Janeiro”, relatou.

Por fim, o acusado informou que quando ele foi preso, Ana Cláudia Flor teria tentado matá-lo na prisão, para evitar que a polícia descobrisse que ela era a mandante. “Tentaram matar eu dentro da igreja. O convívio não me aceitou. Então, liguei para minha mãe, falei que estava sendo ameaçado. Depois de 15 dias tentaram de novo. Por causa disso, fiquei quatro meses no isolamento”, enfatizou.
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