Adolescente que matou Isabele terá atendimento psicológico particular
Foto: Divulgação
A adolescente que matou Isabele Guimarães Ramos, de 14 anos, em Cuiabá, teve autorização da Justiça de Mato Grosso para receber atendimento psicológico particular no Centro de Ressocialização Menina Moça, em Cuiabá. A decisão foi divulgada nesta quarta-feira (2).
A garota, de 16 anos, está internada na unidade há mais de um ano onde cumpre medida socioeducativa. O tratamento será custeado pelos pais da adolescente.
O advogado da família Cestari, Artur Osti, disse ao Leiagora que a decisão foi dada por unanimidade pela Terceira Câmara Criminal. O processo tramita sem segredo de justiça.
“A defesa esclarece que o pedido de assistência psicológica custeada pelos seus genitores foi feito justamente pelo fato da unidade de internação não possuir equipe técnica que assegure esse acompanhamento. O pedido, aliás, foi feito com base em parecer técnico feito pela própria unidade de internação”, declarou Osti.
O pedido havia sido rejeitado, em primeiro grau. Para a defesa, a internação não possui qualquer finalidade pedagógica ou protetiva.
A reportagem questionou a Secretaria de Segurança Pública de Mato Grosso (Sesp-MT) sobre a falta de atendimento psicológico citada pela defesa. A pasta ainda não se posicionou.
Namorado e pais
Ao longo da investigação, o namorado da atiradora, de 16 anos, também foi condenado, pois foi ele quem levou a arma que matou Isabele para a casa onde o crime aconteceu.
Ele recebeu pena de 6 meses de prestação de serviço comunitário, fixado em quatro horas semanais, e um ano de medida socioeducativa de liberdade assistida.
Os pais da adolescente que matou Isabele também se tornaram réus por homicídio culposo (quando não há intenção de matar), posse ilegal de arma de fogo, entrega de arma de fogo a pessoa menor, fraude processual e corrupção de menores.
O crime
Isabele Guimarães Ramos, de 14 anos, morreu no dia 12 de julho de 2020. Ela passava a dia na casa da melhor amiga, uma adolescente de 14 anos na época, filha da família Cestari. Ela foi atingida por um tiro na cabeça, quando estava dentro do banheiro, no closet do quarto da atiradora.
A defesa da menor alega que o tiro ocorreu de forma acidental, após a queda do case na porta do banheiro. A perícia descartou essa hipótese.
A menor que assumiu a autoria do tiro foi condenada por ato análogo a homicídio, a três anos de internação, com prazo de reavaliação semestral.
A defesa coleciona várias derrotas de pedido de Habeas Corpus impetrados no Tribunal de Justiça de Mato Grosso, no Superior Tribunal de Justiça e até mesmo no Supremo Tribunal Federal, mas mesmo assim, continua tentando a libertação da menor internada.
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